quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

MARIA, A ESCOLHIDA POR DEUS.

MARIA, A ESCOLHIDA POR DEUS.

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“A origem de JESUS CRISTO foi assim: Maria, sua mãe, comprometida em casamento com José, antes de coabitarem, achou-se grávida pelo Espírito Santo.” (Mt 1,18). 
Assim o Evangelista Mateus começa a narrativa  sobre a origem de Jesus Cristo. 
No tempo de Maria, como hoje, deveriam existir mulheres que se destacavam na sociedade, na política, no poder, na riqueza. 
Mulheres que, sem sombra de dúvida, poderiam oferecer ao Filho de Deus um palácio, ao invés de uma gruta onde pernoitavam vacas, jumentos e ovelhas; poderiam oferecer  um berço digno de um recém-nascido ao invés de um cocho de animais; poderiam oferecer aquecedores de ar ao invés do respirar quente dos seres irracionais  que ali se encontravam. 
Mulheres que poderiam providenciar e determinar para que as primeiras visitas ao Filho de Deus recém-nascido fossem os mais ricos e poderosos monarcas que existiam na época sobre a terra, ao invés dos pobres, simples, humildes e sofridos pastores. 
A providência divina age diferentemente dos pensamentos humanos. O Senhor Nosso Deus não quis um palácio para o seu Filho, já que o universo todo é seu. 
O Senhor não quis para o seu Filho um berço de ouro, já que tem a abóbada celeste para lhe servir de suporte dos pés. O Senhor não quis para o seu Filho um aquecedor  de ambiente para aquecê-lo já que o vento que sopra dos quatro cantos da terra obedecem a sua voz.
      O Senhor não quis para visitar seu Filho ricos monarcas e poderosos reis,  porque ele é o Rei dos Reis, e todos os reinos do mundo lhe pertence.
O Senhor Nosso Deus não quis, para mãe de seu Filho, uma mulher rica, poderosa, da sociedade, porque sabia que no coração dessas mulheres  não havia lugar para  “o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6); no coração dessas mulheres não havia lugar para o “caminho” que devia ser trilhado, para a “verdade” que seria transmitida a toda a humanidade e para a “vida” que deveria ser vivida, pois os corações dessas mulheres estavam por demais encharcados das coisas da terra. 
Para a mãe de seu filho o Senhor não procurou mulheres em palácios ou na sociedade, mas escolheu a mais pobre, a mais humilde, exatamente numa das mais pobres e humildes cidades da Galiléia e, exatamente, numa das casas mais pobres da mais pobre cidade da Galiléia. 
Para a mãe de seu Filho o Senhor não escolheu a mulher mais rica da terra, a mais culta sobre as coisas terrenas, mas escolheu aquela que estava familiarizada com as coisas do céu:  escolheu uma mulher desapegada das coisas do mundo, possuidora de um coração desapegado, pobre, puro e humilde; um coração que o Senhor sabia que poderia não entender o que estava acontecendo com ele, mas que se submeteria dócil e livremente à vontade de Deus, se fazendo “a escrava do Senhor” (Lc 1,37), ainda que isso lhe custasse as mais cruciantes dores. 
E foi pela pobreza e simplicidade de Maria que nos veio a maior riqueza imaginável: Jesus, aquele que também viveu a pobreza de Maria e com Maria no despojamento total das coisas do mundo. Jesus, com Maria, na pobreza da casa de Nazaré, viveu os momentos mais belos que livro algum deste mundo teve condições de nos narrar; nem os Santos Evangelhos fazem isso, a narração da vida vivida por Jesus e Maria na pobreza e simplicidade da casa de Nazaré. 
Não houve quem tivesse condições de contar, de narrar, de transmitir, de escrever o que se passou na humilde casa de Nazaré onde viveram juntas as duas pessoas mais santas que já pisaram o nosso chão: Jesus e Maria. 
E como Jesus deve ter amado Maria. Como Jesus deve ter falado, conversado com sua mãe, Maria. Se o próprio Senhor Jesus amou, e como amou Maria, porque não a amamos também, pelo menos para seguirmos o exemplo de Jesus? Se, a exemplo de Jesus, amamos Maria de verdade, não tenhamos dúvidas, Jesus está contente conosco porque Maria é a mãe de Jesus, e qual é o filho que não gosta de ver sua mãe amada, venerada e respeitada por todos? 
Quem ama Maria de verdade segue seus conselhos de mãe e qual foi o conselho que ela nos deu  quando participava, com seu Filho, de um casamento na cidade de Canaã, na Galiléia? É certo que ela se dirigia, na oportunidade, aos que serviam os convidados do casamento mas, naquele momento, os serventes representavam toda a humanidade. 
Disse Maria naquela ocasião: “Fazei tudo o que ele voz disser.” (Jo 2,5). Maria, naquele momento, falava aos serventes do casamento mas, através do tempo e da história, ela continua a nos repetir, todos os dias, esse mesmo conselho. 
E hoje, mais do que nunca, Maria continua a nos repetir essa frase, esse conselho que jamais envelhece e que jamais perde o seu significado, o seu sentido, a sua força, porque essa frase, esse conselho está inserido no Evangelho, e o Evangelho é eterno porque é a palavra do Senhor.  
A vontade de Maria é que cada um de nós, que nos dizemos cristãos, faça a vontade de Jesus.   Foi exatamente isso que Maria fez antes de tudo: “Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.” (Lc 1,37).

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