COMEMORAÇÃO
FESTIVA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA
Hoje, não
comemoramos a memória de um santo, mas a solenidade mais elevada, maior e mais
preciosa da Igreja: a Imaculada Conceição da Santíssima Virgem Maria, a rainha
de todos os santos, a Mãe de Deus.
O dogma da Imaculada Conceição de Maria é um
dos dogmas mais queridos ao coração do povo cristão.
Os dogmas da Igreja são as
verdades que não mudam nunca, que fortalecem a fé que carregamos dentro de nós
e que não renunciamos nunca.
A convicção da pureza completa da Mãe de Deus,
Maria, ou seja, esse dogma, foi definida em 1854, pelo papa Pio IX, através da
bula "Ineffabilis Deus", mas antes disso a devoção popular à
Imaculada Conceição de Maria já era extensa.
A festa já existia no Oriente e na
Itália meridional, então dominada pelos bizantinos, desde o século VII.
A festa
não existia, oficialmente, no calendário da Igreja. Os estudos e discussões
teológicas avançaram através dos tempos sem um consenso positivo.
Quem resolveu
a questão foi um frade franciscano escocês e grande doutor em teologia chamado
bem-aventurado João Duns Scoto, que morreu em 1308. Na linha de pensamento de
são Francisco de Assis, ele defendeu a Conceição Imaculada de Maria como início
do projeto central de Deus: o nascimento do seu Filho feito homem para a
redenção da humanidade.
Transcorrido mais um longo tempo, a festa acabou sendo
incluída no calendário romano em 1476.
Em 1570, foi confirmada e formalizada
pelo papa Pio V, na publicação do novo ofício, e, finalmente, no século XVIII,
o papa Clemente XI tornou-a obrigatória a toda a cristandade.
Quatro anos mais
tarde, as aparições de Lourdes foram as prodigiosas confirmações dessa verdade,
do dogma.
De fato, Maria proclamou-se, explicitamente, com a prova de
incontáveis milagres: "Eu sou a Imaculada Conceição". Deus quis
preparar ao seu Filho uma digna habitação. No seu projeto de redenção da
humanidade, manteve a Mãe de Deus, cheia de graça, ainda no ventre materno.
Assim, toda a obra veio da gratuidade de Deus misericordioso.
Foi Deus que
concedeu a ela o mérito de participar do seu projeto. Permitiu que nascesse de
pais pecadores, mas, por preservação divina, permanecesse incontaminada. Maria,
então, foi concebida sem a mancha do orgulho e do desamor, que é o pecado
original.
Em vista disso, a Imaculada Conceição foi a primeira a receber a
plenitude da bênção de Deus, por mérito do seu Filho, e que se manifestou na
morte e na Ressurreição de Cristo, para redenção da humanidade que crê e segue
seus ensinamentos.
São comemorados no dia de hoje: Santa Ana (mãe do profeta
Samuel, profetisa do Antigo Testamento), São Badilon de Leuze (abade), Santa
Brígida da Turíngia (monja), São Eucário de Tréves (bispo), Bem-aventurado Luís (Alojzy) Liguda e companheiros, São Romário e
Santa Lucila.
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