NONO MANDAMENTO - NÃO DESEJAR A MULHER DO
PRÓXIMO
"Não cobiçarás a casa do
teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua
serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo." (Ex 20,17).
Há três formas de cobiça ou concupiscências: a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a soberba da vida. Conforme a tradição católica catequética; o nono mandamento proíbe a cobiça da carne e o décimo proíbe a cobiça dos bens alheios. A concupiscência é uma forma de desejo humano. A teologia ensina que se trata de um apetite sensível que se opõe aos ditames da razão. Provém da desobediência do primeiro pecado. A concupiscência transforma as faculdades morais do homem e, sem ser pecado em si mesma, força-o a cometê-lo. O homem é um ser composto de espírito e carne e em seu interior desenrola-se uma luta. Essa luta interior é uma consequência do pecado original.
I - "A purificação do coração"
É no coração onde residem as
más intenções como o adultério, roubos, prostituições, difamações, etc (Mt
15,19). A luta contra a cobiça da carne passa pela purificação do coração e
pela prática da temperança. Lembremos da sexta Bem-aventurança:
"Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus" (Mt 5,8).
Ser
"puro de coração" significa entregar o coração e a inteligência às
exigências da santidade de Deus, especialmente nos campos da caridade, na
castidade ou retidão sexual, do amor à verdade da tradição da fé. Aos
"puros de coração" está prometido ver a Deus face a face ser
semelhantes a Ele. A pureza de coração é a condição prévia da visão, nos
permite ver no corpo humano, nosso e o do próximo, como um templo do Espírito
Santo, uma manifestação da beleza divina.II - "A luta pela pureza"
O Batismo nos concede a graça
da purificação dos pecados, mas ainda temos que continuar a lutar contra a
cobiça da carne e as cobiças desordenadas. Com a graça de Deus, alcançaremos a
pureza de coração:
- Pela virtude e o Dom da castidade, que nos permite amar com um coração reto e indiviso;
- Pela virtude e o Dom da castidade, que nos permite amar com um coração reto e indiviso;
- Pela pureza de intenção, que
consiste em Ter em vista o fim verdadeiro do homem;
- Pela pureza do olhar,
exterior e interior;
- Pela disciplina dos
sentimentos e da imaginação;
- Pela recusa de toda a cobiça
dos pensamentos impuros, "A vista desperta a paixão dos insensatos"
(Sb 15, 5);
- Pela oração
A pureza de coração exige o
pudor e paciência, modéstia e discrição. Ele preserva a intimidade da pessoa.
Orienta os olhares e gestos das pessoas. Inspira o modo de vestir. Existem
os sentimentos do pudor, como existe o do corpo. O pudor protesta contra a
exploração do corpo humano em função de uma curiosidade doentia "Como em
certo tipo de publicidade", ou contra a solicitação de certos meios de
comunicação em revelar as intimidades da pessoa. O pudor também inspira o
modo de viver e permite resistir às solicitações da moda e à pressão das
ideologias dominantes. A pureza cristã requer uma purificação do clima social,
e exige dos meios de comunicação social uma informação que não ofenda o
respeito e a modéstia. A pureza de coração nos liberta do erotismo tão
difundido. E nos afasta dos espetáculos que favorecem o voyeurismo (observação)
e ilusão.
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