BATISMO DO SENHOR
“ESTE É O MEU FILHO AMADO QUE
MUITO ME AGRADA”. (Mt 3,17).
Diácono
Milton Restivo
O primeiro domingo do Tempo Comum, no Brasil, é substituído pela festa
do Batismo de Jesus. A festa do Batismo de Jesus fecha o ciclo litúrgico do
Tempo do Natal.
Entramos agora no período da primeira parte do Tempo Comum que vai até
a Quarta-feira de cinzas e início da Quaresma.
Este domingo seria o primeiro do Tempo Comum, no qual se comemora o
Batismo de Jesus.
O verbete "batizar" veio do grego “baptízo”, que significa mergulhar, imergir.
No Antigo Testamento existem muitas configurações do batismo. Noé e sua
família foram salvos da destruição total pelas águas, mas, as mesmas águas que
salvaram Noé e sua família, foram as águas de destruição para todos os seres
vivos: “Eu vou mandar o dilúvio sobre a
terra para exterminar todo ser vivo que respira debaixo do céu: tudo o que há
na terra vai perecer. Mas com você eu vou estabelecer a minha aliança, e você
entrará na arca com sua mulher, seus filhos e as mulheres de seus filhos”. (Gn
6,17-18).
O Apóstolo Pedro assim interpreta essa situação: “Enquanto isso, Noé construía a arca, na qual somente oito pessoas
foram salvas por meio da água. Aquela água representava o batismo que agora
salva vocês; não se trata de limpeza da sujeira corporal, mas do compromisso
solene de uma boa consciência diante de Deus, mediante a ressurreição de Jesus
Cristo”. (1Pd 3,20-21).
Fica claro, nessa passagem de Noé, que Deus utiliza a mesma água tanto
para a punição dos ímpios como para a salvação dos justos.
O mesmo aconteceu na fuga dos israelitas do Egito (cf Ex 14): as águas
que se abriram para a passagem para o povo atravessar o mar Vermelho a pé
enxuto foram as mesmas águas que destruíram o Faraó e seu exército: “Os filhos de Israel entraram pelo mar a pé
enxuto, e as águas formavam duas muralhas, à direita e à esquerda. [...] As águas voltaram, cobrindo os carros e os
cavaleiros e todo o exército do Faraó, que os haviam seguido no mar; nenhum só
deles escapou”. (Ex 14,22.28).
O Apóstolo Paulo assim define essa situação: “Irmãos, não quero que vocês ignorem uma coisa: todos os nossos
antepassados estiveram sob a nuvem; todos atravessaram o mar e, na nuvem e no
mar, todos receberam um batismo que os ligava a Moisés”. (1Cor 10,1-2).
As Sagradas Escrituras denotam que o elemento principal do batismo é a
água; a abundância de água, sendo a água a matéria indispensável para o batismo:
“João também estava batizando em Enon,
perto de Salim, onde havia bastante água. As pessoas iam e eram batizadas”. (Jo
3,23).
O Antigo Testamento mostra que a água sempre aparece interposta entre o
mundo violento e pecador e o povo de Deus que busca a santificação, trazendo
salvação aos que são de Deus e a morte
e sepultamento ao mundo corrompido que morre sob as águas, como é o caso
do dilúvio: “Pereceram todos os seres
vivos que se movem sobre a terra: aves, animais domésticos, feras, tudo o que
vive sobre a terra e todos os homens. Morreu então tudo o que tinha sopro de
vida nas narinas, isto é, tudo o que estava em terra firme. Desapareceram todos
os seres que estavam no solo, desde o homem até os animais, os répteis e as
aves do céu. Foram todos extintos da terra. Ficou somente Noé e os que com ele
estavam na arca” (Gn 7,21-23), e como foi o caso da travessia do mar
Vermelho: “Os filhos de Israel entraram
pelo mar a pé enxuto, e as águas formavam duas muralhas, à direita e à
esquerda. [...] As águas voltaram, cobrindo
os carros e os cavaleiros e todo o exército do Faraó, que os haviam seguido no
mar; nenhum só deles escapou”. (Ex 14,22.28). Da mesma forma que a água é
vida, pode ser também destruição.
A água que salvou Noé e sua família da destruição total, foi a mesma
água que exterminou a todos os seres viventes da terra, A mesma água que salvou
o povo de Deus da escravidão do Egito foi usada por Deus para a destruição do
Faraó e do seu exército que não aceitavam as determinações de Yahweh.
Assim é a água do nosso batismo: se forem levados a sério os
compromissos batismais, o batizado viverá a vida da Trindade que se manifestou
no batismo de Jesus; caso contrário, a água que foi usada para a santificação,
servirá de elemento para a destruição e morte.
O Evangelho da liturgia de hoje nos narra o batismo de Jesus por João
Batista no rio Jordão. Nos Evangelhos as multidões, os soldados, meretrizes e
até a elite do povo judeu, como os publicanos, fariseus, doutores da Lei e
saduceus, iam até João, e perguntavam o que deveriam fazer após serem
batizados, e João os orientava a mudar de vida e mentalidade.
Ao povo, João dizia: “Quem tem
duas túnicas, dê uma a quem não tem. E quem tiver comida, faça a mesma coisa”. (Lc
3,11). Aos cobradores de impostos ou publicanos, João advertia: “Não cobrem nada além da taxa estabelecida”.
(Lc 3,13). Aos soldados: “Não
maltratem ninguém; não façam acusações falsas, e fiquem contentes com o salário
de vocês”. (Lc 3,14b).
Aos que João sabia que o procuravam apenas por curiosidade ou por
incriminá-lo por suas atitudes que poderiam ferir a Lei de Moisés, aos fariseus
e saduceus, para quem o batismo seria motivo de condenação, João era duro e não
poupava palavras enérgicas, acusações e desaprovação: “Raça de víboras, quem lhes ensinou a fugir da ira que vai chegar? Façam
coisas que provem que vocês se converteram. Não pensem que basta dizer: ‘Abraão
é nosso pai’. Porque eu lhes digo; até destas pedras Deus pode fazer nascer
filhos de Abraão. O machado já está posto na raiz das árvores. E toda árvore
que não der bom fruto, será cortada e jogada no fogo”. (Mt 3,7b-10).
O batismo de João era para o arrependimento e a conversão: “Eu batizo vocês com água para a conversão.”
(Mt 3,11a). O batismo de João era um sinal exterior do arrependimento do
pecado confessado pela pessoa por ele batizada. Todos os que a ele se dirigiam
para serem batizados confessavam os seus pecados e se arrependiam.
Mas João anuncia o verdadeiro batismo do qual o dele não passava de
apenas um minúsculo reflexo: “Mas aquele
que vem depois de mim é mais forte do que eu. Eu não sou digno nem de tirar-lhe
as sandálias. Ele é quem batizará vocês com o Espírito Santo e com fogo”. (Mt
3,11b; Lc 3,16). “Eu batizei vocês com
água, mas ele batizará vocês com o Espírito Santo”. (Mc 1,8). “E João testemunhou: ‘Eu vi o Espírito
descer do céu, como uma pomba, e pousar sobre ele. Eu também não o conhecia.
Aquele que me enviou para batizar com água foi ele quem me disse: ‘Aquele sobre
quem você ver o Espírito descer e pousar, esse é quem batiza com o Espírito
Santo’. E eu vi, e dou testemunho de que este é o Filho de Deus”. (Jo
1,32-34).
Depois de tudo isso exposto, havia a necessidade de Jesus ser batizado?
Não! A princípio, João até procurou desestimular Jesus de ser batizado e
esquivar-se de batizá-lo: “Jesus foi da
Galiléia para o rio Jordão, a fim de se encontrar com João, e ser batizado por
ele. Mas João procurava impedi-lo, dizendo: ‘Sou eu que devo ser batizado por
ti, e tu vens a mim? ’” (Mt 3,13-14), e João só batizou Jesus vencido que
foi pelo argumento apresentado por Jesus: “Jesus,
porém, respondeu: ‘Por enquanto deixe como está! Porque devemos cumprir toda a
justiça’. E João concordou”. (Mt 3,15).
Jesus queria mostrar que a atividade que estava iniciando seria a
continuação daquilo que João Batista já estava anunciando: “Convertam-se, porque o Reino do Céu está próximo”. (Mt 3,2) mesmo
porque esta pregação de João Batista é idêntica às primeiras palavras de Jesus
nos Evangelhos, quando ele começou sua vida pública: “Convertam-se, porque o Reino do Céu está próximo.” (Mt 4,17).
O batismo de Jesus realizado por João Batista no rio Jordão é narrado
por todos os evangelistas (Mt 3,13-17; Mc 1,9-11; Lc 21-22; Jo 1,32-34). Para “cumprir toda a justiça”, Jesus se
submete a tudo o que fora ordenado por Yahweh ao povo israelita do Antigo
Testamento: “Quando, porém, chegou a
plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho. Ele nasceu de uma mulher,
submetido à Lei, a fim de que fôssemos adotados como filhos”. (Gl 4,4).
Jesus submeteu-se a todas as determinações estabelecidas da parte de
Deus para os outros homens, os pecadores, submetendo-se à aliança feita por
Yahweh com Abraão e estendida a todos os seus descendentes, entre elas a
circuncisão.
A circuncisão realizada após o oitavo dia de nascimento do ser humano
masculino israelita era o sinal da aliança entre Yahweh e Abraão. Durante a
circuncisão havia o derramamento de sangue por tratar-se do corte do prepúcio
do órgão reprodutor masculino (cf Gn 17,1-14).
Jesus submeteu-se ao batismo de João para “cumprir toda a justiça” (Mt 315).
O Messias viera submetido à Lei de Moisés: “Quando, porém, chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho.
Ele nasceu de uma mulher, submetido à Lei, a fim de que fôssemos adotados como
filhos” (Gl 4,4) e, por isso, era necessário que ele desse o exemplo de
plena obediência à Lei mosaica sendo circuncidado e, depois, identificando-se
com os pecadores, embora não necessitasse do arrependimento do pecado porque o
pecado não o atingiu; mesmo assim ele assumiu sobre si todos os nossos pecados,
como disse Pedro em sua carta: “Sobre o
madeiro levou os nossos pecados em seu próprio corpo, a fim de que nós, mortos
para nossos pecados, vivêssemos para a justiça. Através dos ferimentos dele é
que fomos curados, pois estavam desgarrados como ovelhas, mas agora retorna ao
seu Pastor e Guardião” (1Pd 2,24-25), e Paulo: “Aquele que nada tinha a ver com o pecado, Deus o fez pecado por causa
de nós, a fim de que por meio dele sejamos reabilitados em Deus” (2Cor
5,21).
O profeta Isaias já havia, setecentos anos antes que isso acontecesse,
antecipado essa realidade: “Mas ele estava sendo transpassado por
causa de nossas revoltas, esmagado por nossos crimes. Caiu sobre ele o castigo
que nos deixaria quites; e por suas feridas é que veio a cura para nós” (Is 53,5; 2Cor 5,21; Rm 4,25; Gl 3,13) e “... ele carregou os pecados de muitos e
intercedeu pelos pecadores” (Is 53,12b), e ainda mais: “Desprezado e rejeitado pelos homens, homem do sofrimento e
experimentado na dor; como indivíduo de quem a gente esconde o rosto, ele era
desprezado e nem tomamos conhecimento dele. Todavia, eram as nossas doenças que
ele carregava, eram as nossas dores que ele levava em suas costas. E nós
achávamos que ele era um homem castigado, um homem ferido por Deus e humilhado.
Mas ele estava sendo transpassado por causa de nossas revoltas, esmagado por
nossos crimes. Caiu sobre ele o castigo que nos deixaria quites; e por suas
feridas é que veio a cura para nós” (Is 53,3-5; Mt 8,17),
Foi no batismo de João que o Pai confirma e anuncia o ministério de
Jesus. Ao ser batizado Jesus dá início ao seu ministério público: o batismo que
lhe ministrou João assinalou-lhe o término da vida particular e o início do seu
ministério público, apresentado que foi pelo Pai: “Este é o meu Filho amado, que muito me agrada” (Mt 3,17b).
Repete-se a pergunta: havia necessidade de Jesus ser circuncidado e ou batizado?
É claro que não. A circuncisão e o Batismo de João não eram sacramentos.
O batismo de João era um rito de arrependimento onde se renunciava ao
pecado e convertia-se a uma vida nova. Era uma antecipação do batismo instituído
por Jesus, na “água e no Espírito” (cf
Jo 3,5).
Após o batismo ser realizado e Jesus ter saído das águas do Jordão,
acontece a declaração pública por parte do Pai a respeito Jesus, que é “seu Filho amado que muito lhe agrada”,
palavras que são confirmadas pelo fato de que o Espírito Santo desce e repousa
sobre ele, conforme testemunha João Batista: “E João testemunhou: ‘Eu vi o Espírito descer do céu, como uma pomba, e
pousar sobre ele. Eu também não o conhecia. Aquele que me enviou para batizar
com água, foi ele quem me disse: ‘Aquele sobre quem você ver o Espírito descer
e pousar, esse é quem batiza com o Espírito Santo’. E eu vi, e dou testemunho
de que este é o Filho de Deus” (Jo 1,32-34).
O Catecismo da Igreja Católica diz:“No fim
do dilúvio (cujo simbolismo está ligado ao batismo), a pomba solta por Noé
volta com um ramo novo de oliveira no bico, sinal de que a terra é de novo
habitável. Quando Cristo volta a subir da água de seu batismo, o Espírito
Santo, em forma de uma pomba, desce sobre Ele e sobre Ele permanece. O Espírito
desce e repousa no coração purificado dos batizados” (CIC 701).
“Nosso Senhor submeteu-se voluntariamente ao Batismo de São João, destinado aos
pecadores, para “cumprir toda a justiça” (Cf Mt 3,15). Este gesto de Jesus é
uma manifestação de seu “aniquilamento”. O Espírito que pairava sobre as águas
da primeira criação desce então sobre Cristo, preludiando a nova criação, e o
Pai manifesta Jesus como seu “Filho amado” (CIC 1224).
Essa teofania caracteriza a solene apresentação de Jesus como o Filho
do Pai e o identificando como o Messias: “Este
é o meu Filho amado, que muito me agrada” (Mt 3,17b), o que já fora dito pelo
profeta Isaias e repetido por Mateus: “Vejam
o meu servo, a quem eu sustento: ele é o meu escolhido, nele tenho o meu
agrado. Eu coloquei sobre ele o meu espírito, para que promova o direito entre
as nações”. (Is 42,1; Mt 12,18), e novamente citado por ocasião da
transfiguração de Jesus no monte: “Este é
o meu filho amado, que muito me agrada” (Mt 17,5b).
O Dicionário Enciclopédico da Bíblia atesta que a tradição viu no
batismo de Jesus o momento em que, pelo contato com a humanidade de Jesus, foi
comunicada à água a força santificadora que opera no sacramento cristão do
batismo.
Teria sido, portanto, o momento da instituição do batismo cristão,
embora tenha sido ordenada a sua administração só depois da morte e
ressurreição de Jesus, quando Jesus envia e determina aos seus apóstolos e
discípulos: “Toda autoridade foi dada a
mim no céu e sobre a terra. Portanto, vão e façam com que todos os povos se
tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito
Santo, e ensinando-os a observar tudo o que ordenei a vocês. Eis que eu estarei
com vocês todos os dias, até o fim do mundo”. (Mt 28,17b-20; Mc 16,15-16;
Lc 24,47).
Paulo, Apóstolo, diz que ao sermos batizados participamos da morte e somos
sepultados com Cristo e, ao sairmos da água participamos da sua ressurreição: “Com ele, vocês foram sepultados no batismo,
e nele vocês foram também ressuscitados mediante a fé no poder de Deus, que
ressuscitou Cristo dos mortos” (Cl 2,12).
O Batismo de Jesus foi a terceira manifestação pública de Jesus antes
de iniciar a sua evangelização, a terceira epifania onde também aconteceu uma
grande festa, tão grande que o céu se abriu e o próprio Deus Pai se manifestou.
Segundo o Evangelho de Lucas Jesus tinha trinta anos quando se dirigiu
às margens do rio Jordão ao encontro do João Batista para se deixar batizar e
iniciar sua atividade pública: “Jesus
tinha cerca de trinta anos quando começou sua atividade pública”. (Lc
3,23).
E, nessa oportunidade, nova festa se realiza nos céus: o batismo de
Jesus. Novamente os céus se tornam pequenos demais para conter a Santíssima
Trindade e, bem por isso, a Unidade Santíssima Una e Trina manifesta-se nas
margens do rio Jordão: Jesus sendo batizado por João Batista (Lc 3,21); o Pai
falando das nuvens: “Tu és o meu filho
dileto...” (Lc 3,22), referindo-se a Jesus que acabara de ser batizado e o
Espírito Santo se faz visível “... como
uma pomba...” (Lc 3,22; (Jo 1,32), e paira sobre Jesus.
Manifestou-se, assim, de forma admirável, visível e audível, pela primeira
vez aos homens, a Santíssima Trindade: Deus Filho sendo batizado, o Espírito
Santo como uma pomba, e o Pai fazendo-se ouvir do mais alto dos céus: era o Pai,
O Filho e o Espírito Santo manifestando-se e apresentando aos homens aquele que
viera para a salvação de “... todos os
homens de boa vontade.” (Lc 2,14).
Os israelitas adoravam ao Deus
Verdadeiro, acreditavam no Deus Verdadeiro, amavam o Deus Verdadeiro, serviam
ao Deus Verdadeiro, obedeciam ao Deus Verdadeiro, mas o Deus Verdadeiro não
havia se manifestado a eles na sua intimidade da maneira como se manifesta a
nós, hoje, a partir do batismo de Jesus: Deus Uno em três pessoas: o Pai, o
Filho e o Espírito Santo.
Esta foi a terceira manifestação
de Jesus antes de sua vida pública, antes de iniciar a sua missão: a de
transmitir as verdades eternas e dar poder aos apóstolos e discípulos para
evangelizar a todos os homens: “Vão pelo
mundo inteiro e anunciem o Evangelho a toda a criatura. Quem acreditar e for
batizado, será salvo. Quem não acreditar, será condenado”. (Mc 16,15).
Esta, além de ser a terceira
manifestação de Jesus antes de começar o seu ministério foi, também, uma
manifestação pública da Santíssima Trindade.
“A Santíssima Trindade dá ao
batizado a graça santificante, a graça da justificação, a qual torna-o capaz de
crer em Deus, de esperar nele e de amá-lo por meio das virtudes teologais;
concede-lhe o poder de viver e agir sob a moção do Espírito Santo por seus
dons; permite-lhe crescer no bem pelas virtudes morais. Assim, todo o organismo
da vida sobrenatural do cristão tem sua raiz no santo Batismo”. (CIC 1266). “O sacramento do Batismo é conferido “em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo” (Mt 28,19). No Batismo, o nome do Senhor santifica o homem, e o
cristão recebe seu próprio nome na Igreja. Este pode ser o de um santo, isto é,
de um discípulo que viveu uma vida de fidelidade exemplar a seu Senhor. O “nome
de Batismo” pode também exprimir um mistério cristão ou uma virtude cristã. “Cuidem
os pais, os padrinhos e o pároco para que não se imponham nomes alheios ao
senso cristão”. (CIC 2156).
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