PAPA FRANCISCO PEDE QUE PADRES VIVAM POBREZA CRISTÃ
Papa Francisco explicou que o coração apegado ao dinheiro é um coração
idolatra.
As pessoas não
perdoam um sacerdote apegado ao dinheiro, que o Senhor nos dê a graça da
pobreza cristã: foi o que disse o Papa durante a Missa na Casa Santa Marta
nesta sexta-feira, 18. Concelebraram com Francisco os secretários dos núncios
apostólicos, presentes no Vaticano para o seu Jubileu.
No Evangelho do
dia, Jesus expulsa os mercantes do Templo que transformaram a casa de Deus, um
lugar de oração, num “covil de ladrões”. O Senhor, explicou o Papa, nos faz
entender onde está a semente do anticristo, a semente do inimigo, a semente que
estraga o seu Reino: o apego ao dinheiro.
“O coração
apegado ao dinheiro é um coração idolatra”. Jesus diz que não se pode servir
dois senhores, dois patrões, Deus e o dinheiro. O dinheiro, afirmou o Papa, é
“o anti-Senhor”. Mas nós podemos escolher.
“O Senhor Deus,
a casa do Senhor Deus, que é casa de oração, de encontro com o Senhor, com o
Deus do amor. E o senhor-dinheiro, que entra na casa de Deus, sempre tenta
entrar. E essas pessoas que trocavam moedas ou vendiam coisas, mas, alugavam
aqueles lugares, eh? aos sacerdotes … alugavam para os sacerdotes, depois
entrava o dinheiro. Este é o senhor que pode arruinar a nossa vida e pode nos
conduzir a acabar com a nossa vida, sem felicidade, sem a alegria de servir o
verdadeiro Senhor, que é o único capaz de nos dar a verdadeira alegria”.
O Papa disse
que é uma escolha pessoal, e perguntou: “Como é a atitude de vocês em relação
ao dinheiro? São apegados ao dinheiro”?
Percepção do
povo de Deus
Francisco
explicou que o povo de Deus perdoa as fraquezas e pecados dos sacerdotes, porém
dois, não pode perdoar: o apego ao dinheiro e o maltrato aos fiéis.
“Outras coisas,
outras fraquezas, outros pecados não lhe estão bem, mas pobre homem é
solitário… enfim, busca justificá-lo. Mas, a condenação não é tão forte e
definitiva: o Povo de Deus é capaz de entender tudo isso. O estado de poder que
o dinheiro tem pode levar um sacerdote a ser dono de uma empresa ou ser um
príncipe e assim por diante.”
O Papa recordou
os ídolos que Raquel, mulher de Jacó, mantinha escondidos.
“É triste ver
um sacerdote que chega ao fim da sua vida, quando está em agonia ou em coma, e
seus familiares estão ao seu lado como abutres, aguardando para ver o que lhes
sobra. Procurem fazer um favor ao Senhor, como um verdadeiro exame de
consciência: ‘Senhor, vós sois o meu Senhor’! Como Raquel, eliminemos os nossos
deuses ocultos no coração, o ídolo do dinheiro”.
Assim, o Papa
convidou todos a serem corajosos, a fazer escolhas justas. “Que tenham o
dinheiro suficiente, que faz um trabalhador honesto; fazer as devidas economias
como um trabalhador honesto. Mas, é inadmissível a idolatria, os interesses
pessoais. Que o Senhor dê a todos nós a graça da pobreza cristã”.
Ao concluir o
Papa pediu que o Senhor dê a todos a graça da verdadeira pobreza de um
trabalhador, que labuta e ganha o necessário e nada mais.
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