SÃO
BENTO DE NÓRCIA - 628-690
"Bento
pela graça e pelo nome" era este o jogo de palavras que são Gregório Magno
usava para definir o amigo e irmão na fé, são Bento de Nórcia.
E pela grande
força do sentido que expressam, não puderam deixar de ser usadas, também, para
louvar são Bento Biscop, no livro escrito por são Beda,
Doutor da Igreja ,
sobre seu mestre e tutor. Ele que foi discípulo de Biscop, desde os sete anos,
idade em que foi entregue pelos pais. Biscop nasceu em 628, na Nortúmbria,
Irlanda.
Era um nobre e se tornou um soldado de alta patente do exército do rei
Osviu, porém o chamado de Deus falou mais alto.
Aos vinte e cinco anos decidiu
renunciar aos favores da corte e abandonar a família, para se colocar a serviço
do verdadeiro Rei, Jesus Cristo e do Evangelho, para alcançar a vida eterna.
No
ano de 653, após ter feito esta escolha, fez a primeira das seis viagens a Roma.
Era um devoto incondicional dos santos apóstolos Pedro e Paulo e dos papas.
Suas viagens tinham a finalidade da peregrinação e também o aprendizado de
exemplos e instituições monásticas.
A Santa Sé o designou para ir à Inglaterra,
acompanhando o novo bispo de Cantuária, Teodósio. Assim, Biscop acabou sendo o
responsável, em grande parte, pela evangelização da Inglaterra.
De suas viagens
a Roma, trazia consigo diversos livros sobre artes, ciências, e muitos outros
de assuntos variados.
Em Lerins, no percurso da segunda viagem a Roma, em 665,
permaneceu cerca de dois anos. Era um perfeccionista, não procurava só
encontrar modelos de vida como também numerosos livros, documentos
iconográficos, relíquias dos santos, parâmetros e outros objetos que favorecessem
um culto em perfeita sintonia com a Igreja de Roma.
Na embocadura do rio Vire,
fundou um mosteiro, dedicado a são Pedro, em 674, e outro, em honra a são
Paulo, alguns anos mais tarde. Para isso, trouxe da França diversos pedreiros,
artesãos, artífices, etc., para a construção de igrejas e, desta maneira,
introduzir nos mosteiros ingleses os usos e costumes dos mosteiros romanos.
Uma
vez chegou a suplicar ao papa Agatão que enviasse o cantor da basílica de são
Pedro, o abade João, para que a liturgia e o canto romano fossem assimilados
por seus monges reunidos nos dois mosteiros de são Pedro e de são Paulo.
Quando
voltou da sexta viagem a Roma ficou surpreso com uma epidemia que destruíra
grande parte de sua obra. Sobre o leito de morte pôde dizer com razão:
"Meus filhos, não considerem invenção minha a constituição que lhes dei.
Depois que visitei dezessete mosteiros, cujas regras e usos, me esforcei por
conhecer e selecionar as que me pareceram melhores, dou-lhes o resultado desse
trabalho. Este é o meu testamento."
Morreu no dia 12 de janeiro de 690,
aos sessenta e dois anos de idade. A sua celebração foi determinada para esta
data, durante a cerimônia de sua canonização, pela Igreja, em Roma.
Também são
comemorados neste dia: Santo Antonio Maria Pucci (presbítero), São Arcádio de
Mauritânia, São Bernardo de Corleone (capuchinho) e Bem-aventurado Pedro
Francisco Jamet.
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