sexta-feira, 19 de outubro de 2018

OS PAIS DE SANTA TEREZINHA DO MENINO JESUS, LUIZ E ZÉLIA, SÃO DECLARADOS SANTOS

OS PAIS DE SANTA TEREZINHA DO MENINO JESUS, LUIZ E ZÉLIA, SÃO DECLARADOS SANTOS

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Luís Martin (1823-1894) e Zélia Guérin (1831-1877) foram declarados santos em 18 de outubro de 2015. Não foram canonizados por serem os pais de Santa Teresinha, mas porque se empenharam totalmente em fazer a vontade de Deus em qualquer situação de suas vidas. Luís e Zélia, com suas vidas, nos ensinam que a santidade é caminho para a esposa, o marido, os filhos, os colegas de trabalho e para a sexualidade.
Luís Martin e Maria Zélia Guérin eram pais de Santa Terezinha do Menino Jesus e mais quatro religiosas.

DADOS BIOGRÁFICOS DE LUÍS E ZÉLIA, PAIS DE SANTA TERESINHA DO MENINO JESUS
Luís Martin nasceu em Burdeos, França, no dia 22 de agosto de 1823, e faleceu em Arnières, no dia 29 de julho de 1894. Maria Zélia Guérin nasceu em San Saint-Denis-Sarthon, no dia 23 de dezembro de 1831, e faleceu em Alençon, no dia 28 de agosto de 1877.

Casados em 1858, Luís e Zélia tiveram nove filhos, dos quais quatro morreram prematuramente e cinco seguiram a vida religiosa. As 218 cartas conservadas de Zélia, de 1863 até à sua morte em 1877, falam do ritmo de vida da sua família, durante a guerra de 1870, da crise econômica, dos nascimentos e mortes de quatro de seus filhos.
O casal costumava convidar os pobres para comer em sua casa, visitava os idosos e enfermos e ensinava suas filhas a tratarem os mais pobres de igual para igual. Zélia faleceu, com 46 anos, acometida por um doloroso câncer. Seu esposo ficou com as cinco filhas pequenas: Maria, Paulina, Leonice, Celina e Terezinha, que, na época, tinha quatro anos e meio.
Zélia sempre recordava sua mãe como uma santa. Luís morreu em 1894, por causa de uma grave doença mental.
Luiz era relojoeiro; ela rendeira: de origem burguesa, santos por eleição.
São eles: Luís Martin (1823-1894) e Zélia Guérin (1831-1877) os pais de Teresa do Menino Jesus. É o segundo casal de esposos depois de Luís e Maria Beltrame Quattrocchi, beatificados em 2001 por João Paulo II que é elevado às honras dos altares. Ambos eram filhos de militares e foram educados num ambiente disciplinado, severo, muito rigoroso e marcado por um certo jansenismo ainda rastejante na França da época.
Os dois receberam uma educação de cunho religioso: nos Irmãos das escolas cristãs, Luís; nas Irmãs da adoração perpétua, Zélia. Ao terminar os estudos, no momento de escolher o próprio futuro, Luís orientou-se para a aprendizagem do ofício de relojoeiro, não obstante o exemplo do pai, conhecido oficial do exército napoleónico. Zélia, inicialmente, ajudava a mãe na administração da loja de família. Depois, especializou-se no "ponto de Alençon" na escola que ensina a tecer rendas.
Em poucos anos os seus esforços foram premiados: abriu uma modesta fábrica para a produção de rendas e obteve um discreto sucesso.
Ambos nutrem desde a adolescência o desejo de entrar numa comunidade religiosa. Luiz experimentou pedir para ser admitido entre os cónegos regulares de Santo Agostinho do hospício do Grande São Bernardo nos Alpes suíços, mas não foi aceite porque não conhecia o latim.
Também ela tenta entrar nas Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, mas compreende que não é a sua estrada. Durante três anos Luís vive em Paris, hóspede de parentes, para aperfeiçoar a sua formação de relojoeiro.
Naquele período foi submetido a muitas solicitações por parte do ambiente parisiense impregnado de impulsos revolucionários. Aproximou-se até de uma associação secreta, mas afastou-se imediatamente. Insatisfeito com o clima que se respirava na capital, transferiu-se para Alençon, onde iniciou a sua actividade, conduzindo até à idade de 32 anos um estilo de vida quase ascético. Entretanto, Zélia, com a receita da sua empresa, manteve toda a família, vendendo rendas para a alta sociedade parisiense.
O encontro entre os dois acontece em 1858 na ponte de São Leonardo em Alençon.
Ao ver Luís, Zélia percebeu distintamente que ele seria o homem da sua vida. Após poucos meses de noivado, casam. Conduzem uma vida conjugal no seguimento do Evangelho, ritmada pela missa quotidiana, pela oração pessoal e comunitária, pela confissão frequente, pela participação na vida paroquial. Da sua união nascem nove filhos, quatro dos quais morrem prematuramente.
Entre as cinco filhas que sobreviveram, está Teresa, a futura santa, que nasceu em 1873.
As recordações da carmelita Teresinha do Menino Jesus sobre os seus pais são uma fonte preciosa para compreender a sua santidade. A família Martin educou as suas filhas a tornar-se não só boas cristãs mas também honestas cidadãs.
Aos 45 anos Zélia recebe a terrível notícia de que tinha um tumor no seio. Viveu a doença com firme esperança cristã até à morte ocorrida em Agosto de 1877. Com 54 anos, Luís teve que se ocupar sozinho da família. A primogénita tem 17 anos e a última, Teresa, tem 4 e meio.
Então, transferiu-se para Lisieux, onde morava o irmão de Zélia. Deste modo, as filhas receberam os cuidados da tia Celina. Entre os anos de 1882 e 1887 Luís acompanhou as três filhas ao carmelo. O sacrifício maior para ele foi afastar-se de Teresa que entra para as carmelitas com apenas 15 anos. Luís foi atingido por uma enfermidade que o tornou inválido e que o levou à perda das faculdades mentais. Foi internado no sanatório de Caen. Morreu em Julho de 1894.

RELÍQUIAS DOS NOVOS SANTOS
O casal foi beatificado em 19 de outubro de 2008 por Bento XVI. Luís e Zélia Martin eram os pais de Santa Terezinha do Menino Jesus, Padroeira das Missões e uma das santas mais queridas no Brasil. Em 1997 foi proclamada Doutora da Igreja por São João Paulo II.
Durante o Sínodo Ordinário dos Bispos sobre a Família, em andamento no Vaticano, os fiéis podem venerar as relíquias de Santa Teresa de Lisieux e de seus pais, na Basílica de Santa Maria Maior, no centro de Roma. As urnas com suas relíquias se encontram na Capela de Nossa Senhora “Salus Populi Romani”, na Basílica de Santa Maria Maior.
Os cônjuges Luís Martin e Zélia Guérin serão o primeiro casal não mártir na história da Igreja a ser elevado à honra dos altares na mesma cerimônia. (MT) (from Vatican Radio – Cidade do Vaticano).
São comemorados também, neste dia: São João de Brébeuf e companheiros (mártires), São Pedro de Alcântara, Santo Altino de Orleans (bispo e mártir), Santo Aquilino de Evreux (bispo), Santa Cleópatra da Síria (viúva), São Desidério de Lonrey (monge), Santo Edvino de Kildare (abade).

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