SÃO JUDAS TADEU E SÃO SIMÃO, O ZELOTE
São
Judas Tadeu é um dos doze apóstolos de Jesus. Seus outros nomes são
Judas Tadeus, Judas Lebeus e Judas, irmão de Tiago.
Judas é
também conhecido como São Tadeu (Greco Θαδδαῖος), soletrado como
"Thaddæus" ou "Thaddaeus" em diferentes versões da Bíblia,
e como São Matfiy (Фаддей, он же Иуда Иаковлев или Леввей, em russo) na
tradição ortodoxa russa (junto com São Judas).
Judas não
deve ser confundido com Judas Iscariotes, também outro apóstolo, que traiu
Jesus e mais tarde, (segundo Mateus), cometeu suicídio. São Judas foi um irmão
de Tiago, e, um parente (primo) de Jesus, que na época se chamava de irmão
qualquer um que fosse primo, pertencente a família, Marcos 6,3 declara
sobre Jesus: “Não é esse o carpinteiro? Não é esse o filho de Maria e o
irmão de Tiago, José, Judas e Simão? Não são essas suas irmãs que estão entre
nós também?”.
Outra
passagem do Evangelho, diz: “Perguntaram-lhe Judas, não o Iscariotes:
"Senhor, porque razão hás de manifestar-te a nós e não ao mundo?" Jo
14,22.
Nos Atos de
Tomás, um livro apócrifo do Novo Testamento, escrito na Síria no início do
século III, ele foi identificado como Judas Tomé, que é o nome completo do
apóstolo Tomé, segundo a tradição síria. É o suposto autor da Epístola de Judas
do Novo Testamento. Judas, sendo São Judas, é suposto na visão da Igreja
Apostólica Arménia, ter levado o Cristianismo à Arménia.
Após ter
recebido o dom do Espírito Santo, Judas Tadeu iniciou sua pregação na Galiléia.
Realizou inúmeros milagres em sua caminhada pelo Evangelho. Depois, foi para a
Samaria e, próximo do ano 50, tomou parte no primeiro Concílio, em Jerusalém. Evangelizou
a Mesopotâmia, Síria, Armênia e Pérsia, onde encontrou Simão, e passaram a
viajar juntos.
Conta a
tradição que percorreram juntos as doze províncias do Império Persa, nas quais
converteram muitos pagãos. Ainda segundo essa fonte, os dois apóstolos foram
torturados e mortos no mesmo dia, por pagãos perseguidores.
Por isso a
Igreja manteve a mesma data para as duas homenagens. Ao certo, o que sabemos é
que o apóstolo Judas Tadeu tornou-se um mártir da fé, isto é, morreu por amor a
Jesus Cristo. A sua pregação e o seu testemunho eram tão intensos que os pagãos
se convertiam.
Os
sacerdotes pagãos, furiosos, mandaram assassinar o apóstolo, a golpes de
bastões, lanças e machados. Tudo teria acontecido no dia 28 de outubro de 70.
Os restos
mortais, guardados primeiro no Oriente Médio e depois na França, agora são
venerados em Roma, na Basílica de São Pedro. Antigas tradições citadas pelos
Padres da Igreja afirmam que foi martirizado na Pérsia, a mando de sacerdotes
pagãos que instigaram as autoridades locais e o povo, tendo sido decapitado
juntamente com outro apóstolo de Jesus, Simão Zelote, que também pregava
naquela região. Suas relíquias se encontram supostamente em Roma, para onde
teriam sido trasladadadas e são veneradas até hoje. É o santo patrono das
causas desesperadas e das causas perdidas na Igreja Católica Romana.
O símbolo de
São Judas é um machadinho e às vezes é representado segurando um machado, uma
clava, uma espada ou uma alabarda, por sua morte ter ocorrido por uma dessas
armas.
Judas é
também geralmente apresentado em ícones com uma flama ao redor de sua cabeça.
Essa flama representa a presença do Pentecoste, quando ele recebeu o Espírito
Santo, junto com os outros apóstolos. Em alguns casos ele é mostrado como um
rolo ou livro (sua epístola) ou segurando uma régua de carpinteiro.
São Simão, dito Simão, o Zelote ou
Simão, o Cananeu, foi um dos discípulos de Jesus Cristo que fazia parte do
grupo dos doze apóstolos.
Simão é
referido como o Cananeu de acordo com o Livro de Mateus e como o Zelote no
Livro de Lucas e em Atos dos Apóstolos. A palavra grega Cananeu e a palavra
Zelote, derivada do aramaico, significam a mesma coisa: "zeloso".
Supõe-se por esse apelido que Simão pertencia à seita judaica conhecida como
zelotes.
O momento no
qual se ocorreu o chamamento de Simão para se unir aos apóstolos não é muito
claro na Bíblia. Sabe-se apenas que foi convidado ao mesmo tempo que André,
Simão Pedro, Tiago e João, filhos de Zebedeu, Judas Iscariotes e Judas Tadeu
(Mateus 4,18-22). Não se sabe ao certo qual teria sido o ministério de Simão
posteriormente.
Algumas
tradições o colocam como grande auxiliador no estabelecimento do cristianismo
no Egito, juntamente com São Marcos e São Filipe e na Síria.
Sua pregação
era bem parecida com a dos outros quatro Apóstolos que foram para o Oriente,
tida por alguns como ascética e judaica, tal como aquelas preservadas na
Epístola canônica de Judas. Encontrou o martírio na cruz ou, segundo outras
tradições menos seguras, pela fogueira, na Armênia. Mas a tradição católica diz
que Simão foi martirizado sendo cortado ao meio vivo por um serrote. Há
diversas versões sobre o martírio de São Judas Tadeu.
Entretanto,
todos concordam que Judas e Simão com
uma pregação veemente converteram muitos pagãos na Pérsia. Pela vontade do
SENHOR, as manifestações sobrenaturais aconteciam com frequência e de modo a
não deixar dúvidas de que aqueles homens estavam com DEUS.
A sucessão
de milagres causava admiração e espanto. Multidões de pessoas pediam para serem
batizadas e abraçavam a doutrina cristã.
Os
sacerdotes pagãos, os Feiticeiros e Encantadores ficavam enciumados com o que
presenciavam e não se conformando com a situação, tramaram contra a vida dos
dois. Alguns escritores afirmam, baseados em lendas e tradições, que São Judas
e São Simão foram arrastados prisioneiros até o Templo do Sol.
Assim que
chegaram os maus espíritos ficaram nervosos e questionaram apavorados: “Que
tendes conosco, Apóstolos do SENHOR? Desde que entraram aqui estamos
horrivelmente atormentados”. Então, um Anjo apareceu aos Apóstolos e
lhes disse: “Apóstolos de CRISTO, escolhei uma destas duas coisas:
que sejam mortos todos os seus inimigos para que continuem vivos e livres para
a pregação do Evangelho, ou que sejam martirizados e recebam uma grande glória
no Céu?” Os dois Apóstolos responderam ao Anjo que preferiam o
martírio por CRISTO. Logo a seguir São Judas dirigindo-se a multidão,
disse-lhes: “Para que saibam que estes ídolos que vocês adoram são
falsos, deles sairão dois demônios que quebrarão todas as imagens em pedaços”.
Naquele
mesmo momento, dois ferozes demônios com aspecto hediondo saíram das imagens e
puseram-se a quebrar todos os ídolos do Templo.
O povo que
frequentava, fanáticos e idólatras, ficaram indignados ao verem por terra as
imagens de seus deuses. Precipitaram-se furiosamente contra os Apóstolos e os
trucidaram barbaramente a golpes de machados.
Outros
escritores afirmam que os dois Apóstolos embora avisados por um Anjo do SENHOR,
não fugiram do martírio, foram vítimas de uma emboscada noturna, por um grupo
de malfeitores enviados pelos Feiticeiros, tendo sido martirizados num lugar
ermo, morrendo a golpes de machados, lanças e cassetetes. Quanto ao local do
martírio, também existe controvérsia. Alguns afirmam que foi em Berito ou
Nerito, outros dizem que foi em Arate ou Aráduas, e ainda mencionam Sufian ou
Siani, todas elas, pequenas cidades persas próximas uma das outras.
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