SANTO ANTÔNIO MARIA CLARET - 1807-1870
Fundou as Congregações: Missionários Filhos do Imaculado
Coração de Maria "Padres Claretianos" e Irmãs de Ensino Maria Imaculada
"Irmãs Claretianas".
O quinto dos onze filhos de Antônio Claret e Josefa Clara
nasceu em 23 de dezembro de 1807, no povoado de Sallent, diocese de Vic,
Barcelona, Espanha. Foi batizado no dia de Natal e recebeu o nome de Antônio
Claret y Clara.
Na família, aprendeu o caminho do seguimento de Cristo, a
devoção a Maria e o profundo amor à Eucaristia. Cedo aprendeu a profissão do
pai e depois a de tipógrafo. Na adolescência, ouviu o chamado para servir a
Deus. Assim, acrescentou o nome de "Maria" ao seu, para dar
testemunho de que a ela dedicaria sua vida de religioso.
E foi uma vida extraordinária dedicada ao próximo. Antônio
Maria Claret trabalhou com o pai numa fábrica de tecidos e, aos vinte e um
anos, depois de ter recusado empregos bem vantajosos, ingressou no Seminário de
Vic, pois queria ser monge cartuxo. Mas lá percebeu sua vocação de padre
missionário.
Em 1835, recebeu a ordenação sacerdotal e foi nomeado
pároco de sua cidade natal. Quatro anos depois, foi para Roma e dirigiu-se à
Propaganda Fides, onde se apresentou para ser missionário apostólico. Foram
anos de trabalho árduo e totalmente dedicado ao ministério pastoral na Espanha,
que muitos frutos trouxeram para a Igreja.
Em 1948, foi enviado para a difícil região das Ilhas
Canárias. No entanto ansiava por uma obra mais ampla e assim, em 1849, na
companhia de outros cinco jovens sacerdotes, fundou a Congregação dos
Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria, ou Padres Claretianos.
Entretanto, nessa ocasião, a Igreja vivia um momento de
grande dificuldade na distante diocese de Cuba, que estava vaga havia quatorze
anos.
No mesmo ano, o fundador foi nomeado arcebispo de lá. E
mais uma vez pôde constatar que Maria jamais o abandonava. Era uma vítima
constante de todo tipo de pressão das lojas maçônicas, que faziam oposição
violenta contra o clero, além dos muitos atentados que sofreu contra a sua
vida. Incendiaram uma casa que se hospedava, colocaram veneno em sua comida e
bebida, assaltaram-no à mão armada e o feriram várias vezes.
Mas monsenhor Claret sempre escapou ileso e continuou seu
trabalho, sem nunca recuar. Restaurou o antigo seminário cubano, deu apoio aos
negros e índios, escravos Em 1855, junto com madre Antônia Paris, fundou outra
congregação religiosa, a das Irmãs de Ensino Maria Imaculada, ou Irmãs
Claretianas. Fez visitas pastorais a todas as dioceses, levando nova força e
ânimo, para o chamado ao trabalho cada vez mais difícil e cada vez mais
necessário.
Quando voltou a Madri em 1857, deixou a Igreja de Cuba mais
unida, mais forte e resistente. Voltou à Espanha porque a rainha Isabel II o
chamou para ser seu confessor.
Mesmo contrariado, aceitou. Nesse período, sua obra escrita
cresceu muito, enriquecida com seus inúmeros sermões. Em 1868, solidário com a
soberana, seguiu-a no exílio na França, onde permaneceu ao lado da família
real. Contudo não parou seu trabalho de apostolado e de escritor por
excelência. Encontrou, ainda, tempo e forças para fundar uma academia para os
artistas, que colocou sob a proteção de são Miguel.
Morreu com sessenta e três anos, no dia 24 de outubro de
1870, no Mosteiro de Fontfroide, França, deixando-nos uma importante e numerosa
obra escrita.
Beatificado pelo papa Pio XI, que o chamou de
"precursor da Ação Católica do mundo moderno", foi canonizado em 1950
por Pio XII.
Santo Antônio Maria Claret é festejando no dia de sua
morte.
São
comemorados também, nest dia: Bem-aventurado Luiz Guanella, Santo Evergílio, São
Marglório, Santo Evergísio de Colônia (bispo e mártir), Santos Félix, Sétimo,
Fortunato e Arécio (mártires de Thibiuca), São Martinho de Monte Mássico
(monge).
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