quarta-feira, 31 de outubro de 2018

REZEMOS PELOS FALECIDOS.

REZEMOS PELOS FALECIDOS.

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A doutrina de nossa Santa Igreja Católica Apostólica Romana ensina-nos que mesmo depois da morte existe um lugar de purificação, um lugar onde os nossos entes queridos que partiram da vida deste vale de lágrimas sem aquela pureza necessária para participar do banquete do Rei dos reis, ainda ficam para purificarem-se e ter condições de se apresentar diante de Deus sem pecados e sem manchas e com a roupa nupcial, própria para o banquete, como deixou claro Jesus na parábola do casamento do filho do rei: “Quando o rei entrou para examinar os convivas, viu ali um homem sem a veste nupcial e disse-lhe: ‘Amigo, como você entrou aqui sem a veste nupcial?’” (Mt 20,11-12).
A doutrina de nossa Santa Igreja ensina-nos sobre esse lugar de purificação para que as almas dos falecidos se lavem e se purifiquem para tornarem-se dignas de entrarem no reino que o Senhor Nosso Deus para todos preparou, e nós, costumeiramente, chamamos a esse lugar de purificação de “Purgatório”.

Os fiéis vivos, nós, portanto, podemos e devemos, por nossas orações, por nossas obras de caridade e por nossos sacrifícios, aliviar as penas das almas dos nossos irmãos que já partiram desta vida e que se encontram nesse lugar a que chamamos de purgatório.           
No Antigo Testamento encontramos já uma referência sobre esse lugar de purificação que hoje chamamos de purgatório.
No Segundo Livro dos Macabeus, capítulo 12, versículo 46, encontramos: “É um pensamento santo e salutar rezar pelos mortos para que eles sejam livres dos seus pecados”.
Nos Santos Evangelhos Jesus Cristo fala dos pecados que não serão perdoados nem aqui neste mundo e nem no outro mundo quando disse: “Todo pecado e blasfêmia será perdoado aos homens, porém, a blasfêmia contra o Espírito Santo nãos lhes será perdoada. Quem falar contra o Filho do Homem será perdoado; mas quem falar contra o Espírito Santo não será perdoado nem neste século nem no futuro.” (Mt 12,31).
Daí, principalmente, nos vem a certeza de que para certos pecados há a possibilidade de perdão ainda na outra vida. E a esse lugar de purificação a Igreja dá-se o nome de “Purgatório”.
O nome em si não quer dizer muita coisa porque, o que importa realmente é que a Igreja ensina que esse lugar realmente existe.
Essa é uma razão mais do que lógica  que devemos rezar sem cessar pelos nossos falecidos. Os nossos entes queridos falecidos necessitam das nossas orações, do nosso sacrifício para se purificarem de todos os seus pecados e terem condições de entrarem limpos e de roupa nova na casa que o Pai preparou para todos.
É muito natural e justo que choremos, que derramemos lágrimas sentidas, que demos expansão à nossa dor quando um dos nossos entes queridos nos é arrebatado pela morte, mas, o verdadeiro amor exige de nós mais alguma coisa.
Devemos unir as nossas sentidas lágrimas ao sacrifício de Jesus Cristo no Calvário.
A nossa dor pela perda dos nossos pais, esposa, esposo, filhos, filhas, parentes, amigos não se deve limitar pelas manifestações exteriores.
Por mais ricas que sejam as coroas de flores depositadas nos túmulos dos nossos entes queridos que partiram para a casa do Pai, por maiores que sejam as velas acendidas, por mais belos e ricos que sejam os túmulos de mármore que é feito sobre os seus restos mortais, nada disso livra o corpo da decomposição.
E é por isso que precisamos rezar sem cessar pelos nossos falecidos; e é por isso que precisamos ouvir e viver a Palavra e receber com muita frequência os Santos Sacramentos, de uma maneira especial a Santa Eucaristia; e é por isso que precisamos participar com frequência do Santo Sacrifício da Missa; e é por isso que precisamos fazer obras de caridade, de penitência em favor do nosso ente querido falecido.
Um Pai Nosso ou uma Ave Maria rezada com amor e devoção vale mais do que a mais linda coroa de flores depositada num túmulo de um ente querido ou de uma vela acesa em sua intenção.
Uma Santa  Missa celebrada e participada com amor e devoção oferecida pelo descanso eterno de um ente querido que está na casa do Pai é muito mais útil do que o mais belo e rico túmulo de mármore, a mais linda coroa de flores ou a mais artística vela acesa.
Agora, neste momento, talvez seja o seu pai, aquele pai amoroso que deu a sua vida para lhe educar e lhe ver bem na vida; talvez seja a sua mãe, aquela mãe amorosa que não dormia enquanto você não chegava em casa e que não media esforços para que você estivesse sempre com a roupa limpa, com a comida na mesa; talvez seja o seu marido que dedicou a você o amor mais puro que ele tinha em seu coração, sempre tão dedicado e fiel cumpridor dos seus deveres; talvez seja a sua  esposa, a fiel companheira, o anjo do lar, que deu a você esses filhos maravilhosos que você tem; talvez seja o seu filho, a sua filha que eram o encanto do seu lar, o seu irmão, a sua irmã, o seu amigo, a sua amiga, talvez, neste momento estão necessitando de suas orações, do seu sacrifício, da sua caridade, do seu despreendimento às coisas materiais.
Rezemos sem cessar pelos nossos entes queridos que se foram e repitamos sempre como sempre a nossa Igreja faz: “Que as almas do fieis defuntos, por misericórdia de Deus, descansem em paz.”

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