MARIA,
A MÃE SEMPRE PRESENTE.
Como é
reconfortante termos a certeza de que, junto de Deus, temos uma Mãe tão boa e
misericordiosa, que acompanha os nossos passos neste vale de lágrimas e nos defende
como uma advogada junto ao trono do Senhor.
Nunca estamos sozinhos. Jesus dissera – não vos deixarei órfãos -, e quando ele
nos disse isso, ele quis dizer que não ficaríamos órfãos, nem de pai, nem de
mãe. A nossa família é completa. Somos os irmãos e filhos, e temos a Deus por
Pai, e Pai Nosso, e Maria por mãe.
No alto do
Calvário, nos estertores da morte, quando Jesus sentiu que nada mais tinha para
dar aos homens, depois de haver dado até a última gota de seu preciosíssimo
sangue, num último e supremo esforço ele nos dá a última preciosidade que tinha
e que, em momento algum de sua vida o havia abandonado – na pessoa de seu
Apóstolo Amado, João, Jesus dá aos homens a sua própria mãe, ao dizer – filho, eis ai tua mãe -.
Maria nunca
deixara de ser a mãe de todos os homens, mas, a partir daquele momento, os
homens de coração puro começaram entender melhor a maternidade de Maria. E o
que me faz admirar ainda mais Maria foi a sua pronta aceitação em receber como
filhos seus aqueles que haviam perseguido, maltratado, flagelado, coroado de
espinhos e pregado em uma cruz, o seu Filho Divino.
Maria não
rejeitou ninguém, apesar dos sofrimentos que todos os homens lhe impuseram. Maria
aceitou ser a Mãe de todos os homens, indistintamente, fazendo, desta maneira,
todos os homens serem irmãos de Jesus Cristo e em Jesus Cristo. E, a
maternidade de Maria para todos os homens se concretizou definitivamente
quando, no Cenáculo, em companhia dos Apóstolos e discípulos de Jesus Cristo,
recebeu o Espírito Santo, confirmando-a como a Mãe da Igreja nascente. Todas as
vezes em que Maria
recebeu o Espírito Santo, ela se tornou Mãe.
A primeira vez,
em Nazaré da Galiléia, ela se torna a Mãe do Filho de Deus, que se encarna no
seu seio puríssimo. A Segunda vez, no Cenáculo, em Jerusalém, Maria se torna a
Mãe da Igreja fundada por seu Filho, confirmando a palavra de Jesus na cruz que
a fizera Mãe de todos os homens na pessoa de seu Apóstolo Amado, João.
E, nas duas
vezes, Maria se coloca inteiramente nas mãos de Deus, repetindo a sua oração de
humildade – “eis aqui a escrava do
senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38). Como é
reconfortante termos a certeza de que, junto de Deus, temos uma Mãe tão boa e
misericordiosa que acompanha a nossa caminhada nesse vale de lágrimas. Em sã
consciência, que outra mulher aceitaria os assassinos de seu filho como filhos
seus?
E Maria nos
aceita, e mais do que nos aceitar, nos ama verdadeiramente e quer que todos nos
salvemos através do seu exemplo, exemplo de oração, humildade, aceitação e
silencio. E uma das grandes dores de Maria, além daquela que ela sofreu ao ver
seu filho perseguido e morto, uma das grandes dores de Maria, ainda hoje, é ver
que o mundo, é ver que os homens ainda não entenderam o sacrifício de seu Filho
Jesus – é ver que os homens, que ela aceitou como filhos seus, ainda não
compreenderam a sua grande dor de mãe ao entregar o seu Filho Divino a morte
para a salvação de todos os homens.
Todos os filhos
de Maria tem que ser seguidores fieis de
Jesus Cristo. Todos os filhos de Maria, assim como ela mesma, tem que
acompanhar Jesus nos bons e nos maus
momentos, tanto no casamento de Canaã como na subida do Calvário.
Mas o coração
de Maria sofre tanto quando vê que todos querem estar presentes no casamento de Canaã, mas que, na subida do Calvário apenas um cireneu aparece para ajudar
Jesus carregar a sua cruz.
É Maria quem
nos ensina amar mais e melhor Jesus – foi ela quem o amor primeiro e com amor
de Mãe, e nada melhor que uma mãe para ensinar seus filhos a se amarem uns aos
outros.
Tudo devemos
dar a Jesus, mas pelas mãos imaculadas de Maria – devemos chegar a Jesus
segurando nas mãos sacrossantas de Maria.
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