SANTA PAULINA DO CORAÇÃO AGONIZANTE DE
JESUS
Madre
Paulina (1865-1942) foi uma religiosa ítalo-brasileira Foi uma religiosa
tirolesa muito embora seja considerada uma santa ítalo-brasileira, embora, na
verdade, seja austro-brasileira porque nasceu austríaca, quando toda a região
do Tirol pertencia ao Império Austro-húngaro. Atualmente, sua terra natal,
Vigolo Vattato pertence, atualmente, à Itália.
Primeira
santa canonizada no Brasil. Foi beatificada em 18 de outubro de 1991 pelo papa
João Paulo II, quando de sua visita à Florianópolis, Santa Catarina e
canonizada em 2002 pelo Papa, recebendo o nome de Santa Paulina do Coração
Agonizante de Jesus. Madre Paulina nasceu no dia 16 de dezembro de 1865, filha
de Antonio Napoleone Visintainer e Anna Pianezer.
Com apenas
10 anos emigrou com seus pais e irmãos para o Brasil, se estabelecendo em Santa
Catarina. Vários padres italianos já estavam na região, integrantes da
Companhia de Jesus. Várias vilas foram surgindo com nomes das cidades
italianas, como Nova Trento, Vigolo, Bezenello, Valsugana, entre outras.
Em 1887
ficou órfã de mãe e cuidou da família até seu pai casar novamente.
Madre
Paulina participou da vida paroquial na Capela de Nova Trento e foi encarregada
de dar aulas de catecismo para as crianças. Dedicava parte do seu tempo para
cuidar de pessoas enfermas. Em 12 de julho 1890, já formava um grupo que lhe
ajudava a cumprir essa missão.
Com a
aprovação do Bispo de Curitiba, D. José de Camargo Barros, a congregação
recebeu o nome de Filhas da Imaculada Conceição. Essa data é considerada como o
dia da fundação da obra de Madre Paulina. Em dezembro do mesmo ano fizeram os
votos religiosos e Amabile Lucia Visintainer, recebeu o nome de Irmã Paulina do
Coração Agonizante de Jesus.
O Instituto
começou na extrema pobreza, as primeiras Irmãs, além do cuidado dos doentes,
dos órfãos e dos trabalhos da paróquia, para sobreviver deveriam trabalhar na
roça e na pequena indústria de seda, muito conhecida, segundo a tradição
trentinas.
Em 1903 foi
eleita Superiora Geral. Depois da fundação das Casas de Nova Trento e Vígolo,
vai trabalhar em São Paulo, seguindo o conselho do padre Luigi Maria Rossi, que
era Pároco de Nova Trento desde 1895 e naquele ano nomeado Superior da
Residência de São Paulo.
A partir de
1918 passa a ter uma vida muito reservada, dedicando-se à oração e à vida
contemplativa. Em 1938 já demonstrava sérios problemas de saúde causados pela
diabetes até que lhe foi amputado o braço direito. Passou os últimos meses de
sua vida cega, vindo a falecer em 09 de julho de 1942. Pouco tempo depois, na
colina do Ipiranga junto a uma Capela ali existente, iniciou a obra da
"Sagrada Família" para abrigar os filhos de ex-escravo, órfãos e
velhos.
De 1909
deixa o cargo de Superiora Geral e passa a viver na casa por ela fundada em
Bragança Paulista. Foram 9 anos difíceis. Em 1918 Madre Paulina foi chamada à
Casa Geral em São Paulo, com pleno reconhecimento de suas virtudes, para servir
de exemplo às jovens vocações da Congregação, que desde 1909 assumira o nome de
"Irmãzinhas da Imaculada Conceição".
Viveu 33
anos como simples religiosa. Amábile Lucia Visintainer morreu no dia 9 de julho
de 1942, na Casa Geral, em São Paulo.
Em 18 de
outubro de 1991 foi beatificada pelo Papa, hoje Santo João Paulo II por ocasião
da sua visita a Florianópolis. Foi, por fim, canonizada em 19 de maio de 2002
pelo mesmo Papa, recebendo oficialmente o nome de Santa Paulina do Coração
Agonizante de Jesus.
É
considerada a primeira santa brasileira, mesmo não tendo nascido no Brasil. Em
sua homenagem foi erguido o Santuário de Santa Paulina, em Vígolo, Nova Trento,
Santa Catarina.
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