XVI DOMINGO DO TEMPO COMUM
“MARIA ESCOLHEU A MELHOR PARTE E ESTA NÃO LHE SERÁ TIRADA”.
(Lc 10,42).
Diácono Milton
Restivo
Se existe uma virtude incentivada
e valorizada nas Sagradas Escrituras, essa virtude é a hospitalidade. Temos
vários exemplos disso nos Livros Sagrados, mas, apenas para ilustrar a
meditação de hoje, vamos pegar como referencia a citação de Gênesis 19,1-29, onde
Lot, sobrinho de Abraão, recebe e dá abrigo em sua casa a dois mensageiros do
Senhor.
Por essa sua atitude hospitaleira
Lot e toda a sua família foram salvos da destruição das cidades de Sodoma e
Gomorra que, em virtude dos pecados de seus moradores, foram totalmente
destruídas pelo Senhor que “... Fez
chover sobre Sodoma e Gomorra, enxofre e fogos vindos de Iahweh e destruiu
estas cidades e toda a planície com todos os habitantes da cidade e a vegetação
do solo”. (Gn 19,24).
Jesus também, por várias vezes,
socorre-se da hospitalidade de seus amigos e admiradores.
Encontramos um desses fatos no
Evangelho de Lucas, quando Jesus, “... Estando
em viagem, entrou num povoado e certa mulher, chamada Marta, recebeu-o em sua
casa.” (Lc 10,38).
Jesus tinha amigos e valorizava
muito essas amizades, valorizava muito os seus amigos. E, dentre a grande
legião de seus amigos, no coração de Jesus três deles tinham um lugar especial,
e esses três amigos amados de Jesus eram os irmãos: Marta, Maria e Lázaro.
Lázaro era aquele mesmo que Jesus
ressuscitara, como vemos no Evangelho de João, 11,1-44, Jesus ressuscitando
Lázaro a pedido de suas irmãs Marta e Maria.
Lázaro, que agora recebe Jesus em
sua casa, teve uma doença incurável e veio a falecer. As suas duas irmãs, Marta
e Maria, imediatamente mandaram chamar Jesus (Jo 11,3), mas o Senhor chegou
somente quatro dias após a morte de Lázaro, e ele já havia sido sepultado. Quando
Jesus se encontrou com as irmãs teve um diálogo confortador e cheio de
esperança e, por fim, ressuscitou Lázaro. E agora Lázaro, o ressuscitado pelo
Senhor Jesus, o recebe em sua casa.
Essa família, assim constituída,
só aparece nos Evangelhos de Lucas e João.
Marta, Maria e Lázaro, os três
irmãos a quem Jesus tinha um grande apreço, amizade e amor, residiam na pequena
cidade de Betânia que ficava na costa oriental do Monte das Oliveiras, no
caminho de Jerusalém para Jericó. Os judeus que vinham do norte, da Galiléia
para Jerusalém, não tinham como não passar por Betânia.
Betânia ou Bethânia quer dizer “casa do pobre”,
era originalmente uma aldeia em Israel antiga, localizada bem próximo, certa de
seis quilômetros de Jerusalém e do Monte das Oliveiras.
A cidade de Bethânia é mencionada diversas vezes, doze,
para ser mais exato, na Bíblia.
Sempre que Jesus subia para Jerusalém, passava
antes em Betânia, possivelmente na casa desses irmãos, para se recompor da longa
viagem antes de entrar na metrópole. E Jesus hospedou-se na casa dos
irmãos, Marta, Maria e Lázaro. Aparentemente nenhum deles era casado.
Quem era Marta?
Pelas suas atitudes e determinação
presume-se que seria a irmã mais velha e que dirigia e era responsável pela
harmonia da família, aquela que punha ordem na casa, considerando que não
aparece a figura dos seus pais, sendo isso reforçado pela citação de Lucas: “Jesus entrou num povoado e certa mulher, de
nome Marta, recebeu-o em sua casa”. (Lc 10,38).
Marta aparece no Evangelho de
Lucas, 10,38-42 e de João 11,1-44 e 12,2. Era uma mulher de caráter forte e
firme, dona ativa da casa e, por ser a mais velha dos irmãos, sentia-se responsável
pelo bem estar da família. Considerava-se tão responsável que, poderíamos
dizer, teve a petulância de chamar a atenção de Jesus por ocupar o tempo de sua
irmã Maria que deveria estar ajudando-a nos afazeres domésticos: “Senhor, não te importas que minha irmã me
deixe sozinha com todo o serviço? Manda que ela me venha ajudar” (Lc
10,40), o que ocasionou uma reprimenda amorosa por parte de Jesus: “Marta, Marta! Tu te preocupas e andas
agitada por muitas coisas. Porém, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a
melhor parte e esta não lhe será tirada”. (Lc 10,41-42).
Quem era Maria?
Maria era daquelas mulheres que
poderíamos dizer: “um doce de pessoa”. Mulher
afável, sensível, amorosa, de índole contemplativa e de uma espiritualidade
profunda. É uma das figuras femininas mais bem definida e caracterizada dos
Evangelhos. Está sempre aberta e atenta à Palavra do Senhor. Sua dedicação à
Palavra irritou a sua irmã mais velha, Marta, por estar escutando com dedicada
atenção as palavras de Jesus, o que ocasionou Jesus partir em defesa de Maria,
dizendo-lhe: “Marta, Marta! Tu te
preocupas e andas agitada por muitas coisas. Porém, uma só coisa é necessária.
Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada”. (Lc 10,41-42),
reforçando aquilo que já havia sido dito para todos os que o ouviram no Sermão
da Montanha: “Busquem, em primeiro lugar
o Reino de Deus e a sua justiça e tudo o mais lhes serão acrescentados” (Mt
6,33), e “Não trabalhem pelo alimento que
se estraga; trabalhem pelo alimento que dura para a vida eterna. É este
alimento que o Filho do Homem dará a vocês, porque foi ele quem Deus Pai marcou
com seu selo” (Jo 6,27).
Esta mesma natureza contemplativa
de Maria, cheia de intensa e delicada afeição para com o Mestre, aparece,
também, na narrativa sobre a ressurreição de Lázaro, demonstrando muito amor e
confiança em Jesus: “Então Maria foi para
o lugar onde estava Jesus. Vendo-o, ajoelhou-se aos seus pés e disse: ‘Senhor, se
estivesses aqui, meu irmão não teria morrido’.” (Jo 11,32).
Segundo os Evangelhos de João,
12,1-8, Mateus 26,6-13 e Marcos 14,3-9, seis dias antes da comemoração da
páscoa judaica e da morte de Jesus, Maria ungiu Jesus com perfume precioso,
como que antecipando a sepultura de Jesus: “Deixe-a.
Ela guardou esse perfume para me ungir no dia do meu sepultamento” (Jo
12,7) e em Mateus vemos: “Ela está me
fazendo uma coisa muito boa. [...] Ela
derramou esse perfume em meu corpo, preparando-me para a sepultura. Eu garanto
a vocês, por toda a parte onde essa Boa Notícia for pregada, também contarão o
que ela fez, e ela será lembrada” (Mt 26,11.12-13).
Quem era Lázaro?
Lázaro, de Betânia, é mencionado
somente no Evangelho de João. Amigo de Jesus e irmão de Marta e Maria, morreu e
foi ressuscitado por Jesus, conforme narra João 11,1-44.
Lázaro, por ter passado a ser um
testemunho vivo do poder de Jesus, passou, também, a ser ameaçado de morte
pelos judeus: “Seis dias antes da Páscoa,
Jesus foi para Betânia, onde morava Lázaro, que ele havia ressuscitado dos
mortos. Ai ofereceram um jantar para Jesus. Marta servia e Lázaro era um dos
que estavam à mesa com Jesus. [...] Muitos
judeus ficavam sabendo que Jesus estava
aí em Betânia.
Então foram ai não só por causa de Jesus, mas também para
verem Lázaro, que Jesus havia ressuscitado dos mortos. Então os chefes dos sacerdotes
decidiram matar também Lázaro, porque, por causa dele, muitos judeus deixavam
seus chefes e acreditavam em Jesus. [...] O grupo que estivera presente quando Jesus ressuscitou Lázaro,
mandando-o sair do túmulo, dava testemunho do que tinha visto” (Jo
12,1-2.9-10.17).
O Lázaro pobre da parábola contada
por Jesus em Lucas 16,19-31, nada tem a ver com o Lázaro, irmão de Marta e
Maria; é outro personagem.
Esta passagem de Jesus ter entrado
num pequeno povoado, a cidade de Betânia, e se hospedado na casa dos irmãos
Marta, Maria e Lázaro, vem logo a seguir da passagem do domingo passado,
quando, em conversa com um doutor da lei sobre qual é o maior dos mandamentos,
Jesus narra a parábola do bom samaritano. Nessa passagem Jesus deixa claro o
amor que se deve ter ao próximo. Nesta visita de Jesus à casa de Marta, a
atitude de sua irmã Maria é uma ilustração concreta do amor a Deus.
Maria sentou-se aos pés de Jesus para escutar sua palavra. Maria estava
sentada ao lado de Jesus, postura característica do discípulo que escuta atento
os ensinamentos do Mestre. Este acontecimento é uma exortação à vida
contemplativa, um convite à escuta da Palavra de Deus.
Marta, por sua vez, se dedicava inteiramente aos afazeres domésticos;
afinal das contas, alguém tinha que fazer o almoço; alguém tinha que trabalhar
naquela casa. Enquanto Maria escutava, Marta servia. Marta e Maria, as duas
irmãs, são o modelo das duas partes essenciais da vida cristã: oração e ação.
Não pode existir uma sem a outra, não há discipulado autêntico sem trabalho e
sem oração. O ensinamento de São Bento para os seus discípulos era “ora et labora” – “reza e trabalha” -. Devemos
entender que Marta e Maria se tornaram
modelo, estilo de vida para o cristão: enquanto Maria, aos pés de Jesus, ouvia
a palavra, isto é, rezava, Marta se ocupava com os afazeres que daria sustento
para o bem estar da família.
A casa de Marta e Maria em Betânia era uma imagem perfeita da Igreja
onde se ouve e se alimenta da Palavra e nutre-se o espírito com o pão descido
do céu.
Assim como Jesus se fez presente na casa de Betânia, ele está presente
na vida do seu discípulo. O discípulo encontra Jesus quando o reconhece no
irmão que sofre: “Em verdade eu lhes declaro: todas as vezes
que vocês fizeram isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo
que vocês fizeram. [...] Em verdade eu lhes declaro: todas as vezes
que vocês deixaram de fazer isso a um destes pequeninos, foi a mim que vocês
deixaram de fazer.” (Mt 25,40.45).
O cristão que julga que ter fé é apenas frequentar a igreja e de lá não
sair, e que a sua fé se resume naquela
horinha da missa dominical, que não muda a relação com o próximo, que não
ensina a refletir a vida e mudá-la à luz do Evangelho e que não se preocupa com
o irmão, tem uma fé inútil, que não produz fruto e que permanece sempre estéril.
Como Jesus fez na casa de Betânia
e de lá foi hóspede, Jesus quer ser também o nosso hóspede. Jesus quer dar
continuidade a essa amizade.
Jesus visita-nos com muita frequência.
E quantas vezes Jesus visita-nos disfarçado em outra pessoa. Quantas vezes
Jesus visita-nos na pessoa de um pobre que bate á nossa porta suplicando um
pedaço de pão; quantas vezes Jesus visita- nos na figura inocente de uma
criança de rosto sujo, nariz escorrendo, pés descalços e estômago vazio,
pedindo um copo de leite e roupas para se vestir.
Mas, há muito, perdemos o sentido
da hospitalidade e da verdadeira caridade e amor ao próximo. Quantos de nós já
não sabemos mais receber aqueles que necessitam de nós para descansar e dar
continuidade à longa jornada da vida.
Jesus visita-nos na pessoa daquele
irmão com tantos problemas na vida que não desejaria de nós senão uma palavra
amiga, um gesto de confiança e otimismo, um tapinha nas costas e a certeza de
que, se não temos condições de ajudá-lo a resolver os seus problemas, pelo
menos podemos chorar com ele. Jesus vem ao nosso encontro na pessoa do drogado,
do embriagado, do aidético, da prostituta, e quantas vezes os evitamos e deles
desviamos até com um certo asco.
Não teria sido Jesus aquele ou
aquela de quem nos desviamos até com repulsa? Será que Jesus não estava
disfarçado na pessoa naquele pobre que ainda ontem nos estendeu a mão, pedindo
ajuda, e lhe negamos? Jesus se coloca nas pessoas dos doentes, dos pobres e
necessitados, e um dia ele nos dirá: “Eu
estava com fome e vocês não me deram de comer, eu estava sem roupa e vocês não
me vestiram.” (Mt, 25,42-43).
Marta, ao efetuar o
serviço da casa, estava fazendo o certo, sim, mas ela se empolgou demais: “Marta estava ocupada pelo muito serviço.
Parando, por fim, disse: “Senhor, a ti não importa que minha irmã me deixe
assim sozinha a fazer o serviço? Dize-lhe, pois, que me ajude”. (Lc 10,40).
Marta estava atarefada demais com
os afazeres domésticos, com as ocupações diárias e, egoisticamente, não quis
permitir que sua irmã, Maria, desse atenção a Jesus e bebesse de sua mensagem e
se alimentasse de seus ensinamentos.
Trabalhar sim é necessário cuidar
do alimento do corpo, mas há a necessidade de não subestimar o enriquecimento
espiritual e de ter tempo para se assentar aos pés do Mestre e ouvir a sua
mensagem. Não somos diferentes de Marta e, como Marta também já perdemos o
sentido da grande virtude da hospitalidade.
Talvez, um dia, Jesus se volte
para nós e nos dirá, como disse à Marta:
“Marta, Marta, tu te inquietas e te
agitas por muitas coisas; no entanto, pouca coisa é necessária, até mesmo uma
só. Maria, com efeito, escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada.” (Lc
10,41-42).
Quantas coisas lindas Jesus deve
ter dito a Maria.
Quantas certezas, quantas
esperanças, quanto consolo, quantas alegrias e novidades do Pai devem ter sido
reveladas por Jesus a Maria. Que momento delicioso, sublime e divino: sentar
aos pés de Jesus e ouvir o que ele tem a dizer.
E, como Marta, não temos tempo
para isso; isso não fazemos, e até chamamos a atenção de quem o faz. Enquanto
Maria estava sentada aos pés de Jesus ouvindo a palavra, Marta estava
preocupada e atarefada em demasia com os afazeres domésticos, preparando o
jantar, preocupada com as acomodações materiais para que Jesus ali se sentisse
à vontade. Isso era sim, necessário, mas não era com isso que Jesus estava
preocupado. A missão de Jesus não era descansar quando alguém estivesse
interessado em ouvir a sua palavra, que era a Palavra de Deus, e Maria estava
interessada. Jesus não estava preocupado com o alimento material, pois ele já
havia dito que: “Meu alimento é fazer a
vontade daquele que me enviou e consumar a sua obra.” (Jo 4,34).
Marta não concordou muito com a
atitude de Jesus e muito menos com a atitude de sua irmã mais moça; enquanto
ela, Marta, se desdobrava com os serviços da casa, Maria permanecia sentada aos
pés de Jesus escutando a palavra. Marta ficou irritada e não se conteve,
chegando ao cúmulo de chamar a atenção de Jesus, como nós fazemos por, muitas
vezes, termos a pretensão de chamar a atenção de Deus quando alguma coisa não
acontece como gostaríamos que fosse.
Marta chegou a ser grossa,
indelicada com Jesus: “Senhor, a ti não
importa que minha irmã me deixe assim sozinha a fazer o serviço? Dize-lhe, pois, que me ajude”. (Lc 10,40).
Jesus, meiga e paternalmente, com
toda bondade de seu coração de homem e Deus, lhe responde: “Marta, Marta, tu te inquietas e te agitas por muitas coisas; no
entanto pouca coisa é necessária, até mesmo uma só.” (Lc 10,41). E Jesus continua e define a escolha de Maria: “Maria, com efeito, escolheu a melhor parte,
que não lhe será tirada.” (Lc
10,42).
Essa cena costumeiramente acontece
em nossa vida. Maria e Marta são dois personagens que se enquadram
perfeitamente em qualquer um de nós. Marta, atarefada, correndo com o serviço,
preocupada em não se atrasar, não encontra tempo para parar e conversar, para
dialogar, para ensinar, para falar com o Mestre, para aprender as coisas do
Senhor Nosso Deus.
A preocupação primeira de Marta,
como tanta gente dos nossos dias, é trabalhar, trabalhar, trabalhar, como se
não existissem coisas mais importantes. Maria, ao contrário, “... com efeito, escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada.” (Lc 10,42).
Marta, mesmo vendo o Senhor Jesus
ali, em sua casa, aquele mesmo Jesus que já havia dado mostras de sua
divindade, de que era e é realmente o Filho de Deus quando ressuscitou dos
mortos o seu irmão Lázaro, mesmo vendo Jesus ao seu lado, e tendo-o como
hóspede em sua casa, não parou de trabalhar e não deu a menor atenção ao Senhor
Jesus, deixando-o sentado em um canto de sua casa enquanto cuidava de seus
afazeres domésticos.
Nós não somos diferentes. Fazemos
também isso. Preocupamos-nos demais com as coisas materiais e nos descuidamos
dos interesses eternos, das coisas do Reino de Deus.
Quantas mães, por demais
atarefadas, arrumando a casa, lavando a roupa, costurando, fazendo compras, sem
tempo de parar e se preocupar com seus entes queridos. A casa está limpa, uma
beleza, não tem pó em nenhum móvel, mas não tem tempo para conversar com os
filhos, dar atenção ao marido; ali não existe o diálogo, porque não se tem
tempo para parar um pouco nos trabalhos materiais para “... escolher a melhor parte, que não lhe será tirada.” (Lc 10,42).
Quantos pais que, preocupados com
a sobrevivência da família, com os estudos dos filhos, se dedicam em demasia ao
trabalho, às vezes buscando outros empregos, chegando em casa cansados, irritados,
sacrificando, assim, o tempo precioso que poderia e deveria passar com a sua
esposa e seus filhos. Não se tem tempo para o marido, não se tem tempo para a
esposa, não se tem tempo para os filhos, não se tem tempo para Deus... Maria,
ao contrário, ao receber Jesus como seu hóspede, largou todo o serviço e se
assentou aos seus pés para “ouvir a
palavra”.
Na nossa vida corrida do
dia-a-dia, preocupados com as imposições do mundo, não encontramos tempo para
participar de uma atividade de nossa Igreja, de reunir a família para uma
oração comunitária, de aprofundar-nos nos estudos da palavra de Deus contida
nas Sagradas Escrituras, de sentar e ouvir o que o Senhor Jesus tem a nos dizer
através da boca de um irmão mais familiarizado com a Palavra de Deus.
E nós, na nossa vida, temos sido
Marta ou Maria?
Se formos honestos chegaremos à
conclusão que temos sido muito mais Marta...
A chamada de atenção de Jesus para
Marta serve muito bem para nós, ainda hoje:
“Marta, Marta, tu te inquietas e te agitas por muitas coisas, no entanto pouca
coisa é necessária, até mesmo uma só. Maria, com efeito, escolheu a melhor
parte, que não lhe será tirada.” (Lc
10,41-42).
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