SANTA MARTA, IRMÃ DE LÁZARO E MARIA
Marta é irmã de Maria e de Lázaro de Betânia.
Marta nasceu em uma pequena aldeia chamada Betânia cercado
de vinhedos e de abundantes palmeiras quase recostadas no ponto mais alto do
memorável Horto das Oliveiras.
Marta era uma menina de natureza humilde,
bondosa, pura e simples.
Sofreu muito com a morte de sua mãe e depois com o
falecimento do pai; pois antes de morrer ele disse a seus filhos amai-vos como
bons amigos e olhando para Maria disse: a modéstia, a pureza e a honradez
quando se entrelaçam são coroa na testa de uma moça. Marta ouvindo pela
primeira vez Jesus, declarou-se sua discípula, crescendo assim nela a virtude
da caridade aos doentes e aos pobres.
Toda vez que Jesus ia a Jerusalém se
hospedava na casa de Marta, Maria e Lázaro porque eles ofereciam uma sincera
amizade, acolhida e hospitalidade.
Entre eles existia uma grande amizade, o que
ocasionou uma forte perseguição por serem seguidores de Jesus e de sua
doutrina.
No evangelho aparece em apenas
três episódios (Lc 10, 38-42; Jo 11, 1-44; Jo 12, 1-11). É uma mulher dinâmica,
que acolhe desveladamente Jesus.
Maria, também aparece apenas três vezes em
cena, nos evangelhos, (Lc 10; Jo 11; Mt 26). É a mulher atenta e contemplativa,
que dá mais atenção ao Senhor do que às “coisas do Senhor”. De Lázaro sabemos
apenas o que dele se diz no evangelho de João (11, 1-14; 12, 1-2).
Os três são
amigos e hospedeiros do Senhor. As Escrituras contam
que, em seus poucos momentos de descanso ou lazer, Jesus procurava a casa de
amigos em Betânia, local muito agradável há apenas três quilômetros de
Jerusalém.
Lá moravam Marta, Lázaro e Maria, três irmãos provavelmente filhos
de Simão, o leproso. Há poucas mas importantíssimas citações de Marta nas
Sagradas Escrituras. É narrado, por exemplo, o primeiro momento em que Jesus
pisou em sua casa.
Por isso existe a dúvida de que Simão fosse mesmo o pai
deles, pois a casa é citada como se fosse de Marta, a mais velha dos irmãos.
Mas ali chegando, Jesus conversava com eles e Maria estava aos pés do Senhor,
ouvindo sua pregação. Marta, trabalhadora e responsável, reclamou da posição da
irmã, que nada fazia, apenas ouvindo o Mestre. Jesus aproveita, então, para
ensinar que os valores espirituais são mais importantes do que os materiais,
apoiando Maria em sua ocupação de ouvir e aprender. Fala-se dela também quando
da ressurreição de Lázaro.
É ela quem mais fala com Jesus nesse acontecimento.
Marta disse a Jesus: "Senhor, se tivesses estado aqui, o meu irmão não
teria morrido. Mas mesmo agora, eu sei que tudo o que pedires a Deus, Deus
dará". Trata-se de mais uma passagem importante da Bíblia, pois do evento
tira-se um momento em que Jesus chora: "O pranto de Maria provoca o choro
de Jesus".
E o milagre de reviver Lázaro, já morto e sepultado, solicitado
com tamanha simplicidade por Marta, que exemplifica a plena fé na onipotência
do Senhor. Outra passagem é a ceia de Betânia, com a presença de Lázaro
ressuscitado, uma prévia da última ceia, pois ali Marta serve a mesa e Maria
lava os pés de Jesus, gesto que ele imitaria em seu último encontro coletivo
com os doze apóstolos. Sofreram os tormentos
e as amarguras da paixão e morte de Jesus, seu mestre.
Eles foram desterrados
numa pequena embarcação, aonde chegaram a França começando ali sua
evangelização. Muitos se converteram ao cristianismo. Depois de algum tempo
Marta funda um mosteiro, onde ela com algumas jovens vivem uma vida de
contemplação e recolhimento. Aos
65 anos Marta morre atacada por uma grande febre.
Os
primeiros a dedicarem uma festa litúrgica a santa Marta foram os frades
franciscanos, em 1262, e o dia escolhido foi 29 de julho. Ela se difundiu e o
povo cristão passou a celebrar santa Marta como a padroeira dos anfitriões, dos
hospedeiros, dos cozinheiros, dos nutricionistas e dietistas.
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