sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

QUARESMA – TEMPO DE CONVERSÃO

QUARESMA – TEMPO DE CONVERSÃO


Quaresma é o período de quarenta dias que antecedem a maior festa do cristianismo: a Ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no Domingo de Páscoa.
A Quaresma é uma caminhada de quarenta dias que nos conduz à Páscoa, festa máxima da cristandade. A quaresma tem seu inicio na quara-feira de cinzas e seu término ocorre na qunita-feira santa, na celebração da última ceia de Jesus Cristo com os doze apóstolos.
Portanto, a Quaresma pode se considerar, no ano litúrgico, o tempo mais rico de ensinamentos por recordar o retiro de Moisés, o longo jejum do profeta Elias e do Salvador.
Foi instituída como preparação para o Mistério Pascal, que compreende a Paixão e Morte (Sexta-feira Santa), a Sepultura (Sábado Santo) e a Ressurreição de Jesus Cristo (Domingo Páscoa).
Os israelitas caminharam quarenta anos no deserto para só depois alcançarem a Terra Prometida; foram quarenta anos de vida dura, sacrificada, de purificação da idolatria. Moisés permaneceu quarenta dias no monte Sinai antes de receber as táboas Lei, em oração e penitência diante da majestade de Yahweh. Elias caminhou quarenta dias no deserto para chegar ao monte de Deus.
          Cristo jejuou quarenta dias e quarenta noites no deserto antes de iniciar a sua vida pública.
A Quaresma é o grande período em que toda a Igreja se recolhe, e se purifica para preparar a Páscoa da Ressurreição. A Quaresma é o tempo litúrgico de conversão, que a Igreja Católica, a Igreja Anglicana e algumas Igrejas protestantes, marcam para preparar os fiéis para a grande festa da Páscoa.
Durante este período, os fiéis são convidados a um período de penitência e meditação, por meio da prática do jejum, da esmola e da oração.
Ao longo deste período, sobretudo na liturgia do domingo, é feito um esforço para recuperar o ritmo e estilo de verdadeiros fiéis que pretendem viver como filhos de Deus.
A Igreja católica propõe, por meio do Evangelho proclamado na Quarta-feira de Cinzas, três grandes linhas de ação: a oração, a penitência e a caridade. Não somente durante a Quaresma, mas em todos os dias de sua vida, o cristão deve buscar o Reino de Deus, ou seja, lutar para que exista justiça, a paz e o amor em toda a humanidade.
Os cristãos devem então recolher-se para a reflexão para se aproximar de Deus. Esta busca inclui a oração, a penitência e a caridade, esta última como uma consequência da penitência.
Quaresma é tempo de escuta da Palavra de Deus e de conversão, de preparação e de memória do Batismo, de reconciliação com Deus e com os irmãos, de recurso mais frequente às “armas da penitência cristã”: a oração, o jejum e a esmola (cf Mt 6,1-6.16-18).
De maneira semelhante como o antigo povo de Israel caminhou durante quarenta anos pelo deserto para ingressar na terra prometida, a Igreja, o novo povo de Deus, prepara-se durante quarenta dias para celebrar a Páscoa do Senhor. Embora seja um tempo penitencial, não é um tempo triste e depressivo. Trata-se de um tempo especial de purificação e de renovação da vida cristã para poder participar com maior plenitude e gozo do mistério pascal do Senhor.
A Quaresma é um tempo privilegiado para intensificar o caminho da própria conversão. “Todos pecamos, e todos precisamos fazer penitência”, afirma o Apóstolo Paulo.
A penitência é uma virtude sobrenatural intimamente ligada à virtude da justiça, que “dá a cada um o que lhe pertence”: de fato, a penitência tende a reparar os pecados, que são ultrajes a Deus e ao irmão, e por isso dívidas contraídas com a justiça divina, que requerem a devida reparação e resgate.
Portanto, a penitência inclina o pecador a detestar o pecado, a repará-lo dignamente e a evitá-lo no futuro. Este caminho supõe cooperar com a graça, para dar morte ao homem velho que atua em nós.
Trata-se de romper com o pecado que habita em nossos corações, nos afastar de todo aquilo que nos separa do Plano de Deus e, por conseguinte, de nossa felicidade e realização pessoal.
Quaresma, tempo “forte” de oração, jejum e atenção aos necessitados, oferece a todo cristão a possibilidade de se preparar para a Páscoa fazendo um sério discernimento da própria vida, confrontando-se de maneira especial com a Palavra de Deus, que ilumina o itinerário cotidiano dos fiéis. No Brasil são dias de jejum e abstinência a quarta-feira de cinzas e a sexta-feira santa.
Praticar a abstinência é privar-se de algo, não só de carne. Por exemplo, se temos o hábito diário de assistir televisão, fumar, etc., vale o sacrifício de abster-se destes itens nesses dias.
A obrigação de se abster de carne começa aos quinze anos. A obrigação de jejuar, limitando-se a uma refeição principal e a duas mais ligeiras no decurso do dia, vai dos vinte e um aos cincoenta e nove anos. Os doentes e mulheres grávidas não estão obrigados a jejuar.
Não somente durante a Quaresma, mas em todos os dias de sua vida, o cristão deve buscar o Reino de Deus, lutar para que exista justiça, a paz e o amor em toda a humanidade.
Os cristãos devem recolher-se para a reflexão para se aproximar de Deus. Esta busca inclui a oração, a penitência e a caridade, esta última como uma consequência da penitência.

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