“CALA-TE E SAIA
DELE.” (Mc 1,25).
“Entraram em Cafarnaum e, logo no sábado,
foram à sinagoga. E ali ele (Jesus)
ensinava. estavam espantados com o seu ensinamento, pois ele os ensinava como
alguém que tem autoridade e não como os escribas. Na ocasião estava na sinagoga
deles um homem possuído de um espírito
impuro, que gritava dizendo: “Que queres e nós, Jesus Nazareno? Vieste para
arruinar-nos? Sei quem tu és: o Santo de Deus.” Jesus, porém, o conjurou severamente:
“Cala-te e sai dele.” Então o espírito impuro, sacudindo-o violentamente e
soltando grande grito, deixou-o. Todos então se admiraram, perguntando uns aos
outros: “Que é isso? Um novo ensinamento com autoridade! Até mesmo aos
espíritos impuros dá ordens, e eles lhe obedecem!” Imediatamente a sua fama se
espalhou em todo o lugar, em toda a
redondeza da Galiléia. E logo ao sair da sinagoga, foi à casa de Simão e de
André com Tiago e João. A sogra de Simão estava de cama com febre, e eles
imediatamente o mencionaram a Jesus. Aproximando-se, ele a tomou pela mão e a
fez levantar-se. A febre a deixou e ela se pôs a servi-los.” (Mc 1,21-31).
Jesus Cristo
veio para libertar o homem de todos os males, tanto dos maus espíritos como das
doenças; veio para libertar o homem de toda e qualquer escravidão do mundo e
deixá-lo livre, para livre caminhar para o reino dos céus.
Jesus
estava ensinando em uma sinagoga, local onde os judeus oravam e meditavam a
palavra de Deus; um homem tomado por um espírito imundo passou a importunar e
desafiar a autoridade de Jesus, e, sem sobra de dúvida, sabia quem era Jesus e
qual era a sua missão: “Que queres de
nós, Jesus Nazareno? Vieste para arruinar-nos? Sei que tu és: o Santo de Deus.”
(Marcos, 1, 24).
Antes que o
demônio que estava naquele homem entrasse em detalhes sobre quem era realmente
Jesus, de onde ele viera e qual seria a sua missão, Jesus lhe chama a atenção,
e lhe determina que se retire: “Cala-te e
sai dele.” (Mc 1,25).
E, ao sair da
sinagoga, Jesus se dirigiu, com Tiago e João, à casa de Simão e André. E lá ele
observa a sogra de Simão acamada, doente, com febre, e, “Aproximando-se, ele a tomou pela mão e a fez levantar-se. A febre a
deixou e ela se pôs a servi-los.” (Mc 1,31).
E, “Ao entardecer, quando o sol se pôs,
trouxeram-lhe todos os que estavam enfermos e endemoniados. E a cidade inteira
aglomerou-se à porta. E ele curou muitos doentes de diversas enfermidades e
expulsou muitos demônios. Não consentia, porém, que os demônios falassem, pois
eles sabiam quem era ele.” (Mc 1,32-34). Ai está, em síntese, a missão do
Senhor Jesus: liberar o homem, deixar o homem livre dos espíritos malignos, das
inclinações do pecado que pretendem manipular as mais puras intenções; libertar
das doenças do corpo e da alma.
É
o Senhor Jesus quem liberta o homem,
todos os dias, dos demônios dos vícios, do sexo, do tóxico, do desemprego, do
desamor, da fome de Deus.
Jesus Cristo
liberta o homem todo, de corpo e alma; liberta-o do pecado e do mal físico
porque o sofrimento, a doença e a fome também estão na lista dos pecados, isto
é, das coisas que o Senhor Deus não quer para os seus filhos.
Quem está com
fome não é livre. Quem está doente não é livre.
Quem não tem
onde morar não é livre.
Quem não tem
instrução não é livre, como não é livre quem se deixa dominar pelo pecado. Em todos esses casos o homem está sendo
possuído por algo que lhe tira a liberdade e a sua autonomia; que lhe mata a
alegria de viver e a vontade de trabalhar e progredir; que lhe rouba o amor e a
esperança... São esses os espíritos
imundos dos nossos tempos
A ignorância
do homem o escraviza, não permite que ele seja livre.
Ignorante
que o homem é das coisas de Deus, ele desconhece que Jesus é o Caminho que o
Senhor envia e pede que todos o sigam se quiserem deixar de ser escravos, dos
vícios, do pecado, da opressão do próprio homem.
O
homem se esquece ou ignora que Jesus é o irmão supremo e tem plenos poderes
para o libertar; ignora essa força divina e infinita que o Senhor envia na
pessoa de Jesus Cristo e se encolhe com medo das provações, com medo dos que
não respeitam os direitos dos irmãos, com medo dos que exploram o povo de Deus,
com medo dos que violentam os direitos dos que não tem voz e nem vez. Jesus
Cristo é o Libertador.
Jesus
Cristo não é só o libertador da alma: é também o libertador do corpo, porque todos os cristãos filhos de
Deus são um composto de corpo e alma, matéria e espírito, e o Senhor Nosso Deus
se preocupa com o homem como um todo, e não em partes.
O homem
desconhece Jesus Cristo como Libertador, e quando lhe vem a provação, quando é
oprimido pelos grandes, quando lhe vem o desemprego e a doença, quando é
atacado pela fome, ao invés de se apegar ao seu Libertador que pode tudo,
porque ele é o Senhor da vida, o Filho Unigênito de Deus e, por conseguinte,
Deus, o homem recorre às baixarias da macumba, às ignorâncias das crendices
populares, aos engodos do espiritismo para resolver os seus problemas. Jesus Cristo é o nosso irmão, e somente ele
recebeu das mãos do Pai plenos poderes para nos libertar de tudo o que nos oprime
e nos afasta de Deus.
Jesus Cristo
tem poderes de nos libertar da opressão e do pecado.
Jesus Cristo
tem autoridade para mandar calar os poderes opressores dos demônios, das doenças
e dos homens e somente ele pode libertar
o homem da opressão e do pecado para que sejamos plenamente livres.
E
como o Senhor Jesus disse para o espírito imundo que estava naquele homem na
sinagoga : “Cala-te e sai dele.”
(Marcos, 1, 25), todos nós, cristãos, devemos falar a tudo aquilo que escraviza
e oprime o homem nos nossos dias: “Sai
desse homem e deixe ele ter a liberdade dos filhos de Deus.” Todos temos o
direito de sermos livres como Jesus Cristo nos quer livres; livres do demônio,
da fome, da doença, do desemprego, do desamor que faz com que o homem se volte
contra seu irmão e, por conseqüência, se afasta do Reino de Deus...
Também são
comemorados nesta data: São Sabas, Bem-aventurado Nicola Stenon, Santa
Crispina, São Dalmácio, São Júlio, Santa Potamia, São Crispim, São Grato e seus
sete companheiros (mártires de Thagura), São Nicésio de Tréves (bispo), São
Pelino de Brindisi (bispe), e São Nicécio.
Oi Sr. Milton,
ResponderExcluirGostei muito da leitura!
Abraços!