17
DE DEZEMBRO
SANTA
OLÍMPIA
Ao ficar viúva
do governador de Constantinopla, Olímpia recebeu muitas propostas para um novo
casamento, mas recusou todas porque queria entregar-se à vida religiosa. A sua
insistente recusa motivou, mesmo, o confisco de todos os seus bens.
Olímpia nasceu
em 361, na Capadócia. Pertencia a uma família muito ilustre e rica dessa
localidade, mas ficou órfã logo cedo. Foi educada por Teodósia, irmã do bispo
Anfíloco, futuro santo, o que lhe garantiu receber, logo cedo, os ensinamentos
cristãos.
Aos vinte anos
de idade, casou-se com o governador de Constantinopla, ficando viúva alguns
meses depois. Desejando ingressar para a vida religiosa, afastou-se de todos os
possíveis pretendentes.
O fato muito
contrariou o imperador Teodósio, que queria vê-la como esposa do seu primo, um
nobre da Corte espanhola. Olímpia, entretanto, perseverou na sua decisão. Como
vingança, o soberano mandou que todos os seus bens fossem confiscados e
administrados pelo prefeito da cidade.
Ao invés de
reclamar, Olímpia agradeceu, porque não precisaria mais perder tempo com a
administração das propriedades. Pediu que os bens fossem definitivamente
confiscados e doados aos pobres. Não foi atendida.
Em seguida, o
imperador fez uma longa viagem e, ao voltar, três anos depois, ficou tão
impressionado com as informações sobre sua vida santa e repleta de humildade e
caridade que restituiu os bens a ela. Assim, Olímpia continuou suas obras de
caridade com maior intensidade. Mas seu sofrimento não acabou. Contraiu doenças
dolorosas. Conta a tradição que Olímpia jamais pronunciou qualquer reclamação.
Desse modo, tornou-se um modelo perfeito aos cristãos de seu tempo.
Seu nome foi
envolvido em denúncias graves infundadas, por isso se tornou vítima de
perseguições injustas. Foi acusada de ser cúmplice de são João Crisóstomo no
incêndio de uma catedral. Mas ela declarou, categoricamente, que nada fizera,
muito menos Crisóstomo, que doava muito dinheiro para a construção de igrejas,
portanto não poderia destruir uma.
Essas
acusações partiam do antipatriarca Arsácio, inimigo declarado de Crisóstomo,
que mandou Olímpia deixar a cidade. O principal motivo desse exílio foi porque
ela era a mais estimada assistente de Crisóstomo, chamado de "o maior
pregador da Antigüidade". Era tão competente que, aos trinta anos de
idade, se tornou diaconisa da Igreja, dignidade só concedida às viúvas com mais
de sessenta anos.
Logo Olímpia
decidiu voltar, declarando ao próprio prefeito que não reconhecia autoridade no
antipatriarca por ser usurpador de um poder que a Igreja não lhe concedera.
Assim, tornou-se a principal vítima de Arsácio, pois Crisóstomo já havia sido
exilado de sua pátria pelo cruel prefeito, cúmplice do antipatriarca. Olímpia
morreu no ano 408.
Santa Olímpia
é celebrada, no Oriente, nos dias 24 e 25 de julho, e, na Igreja de Roma, no
dia 17 de dezembro.
Também são
comemorados no dia de hoje: São Lázaro de Betânia, Santa Olímpia, Santa Vivina
e São José Manyanet y Vives, Santa Bega de Andenne (abadessa), São Briaco da
Bretanha (eremita), São Eigil de Fulda (abade), São Estúrmio de Fulda (abade).
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