12
DE DEZEMBRO
FIM DOS TEMPOS.
“Porque eis que vem o dia, que queima como
forno. Todos os arrogantes e todos aqueles que praticam a iniquidade serão como
palha; o Dia que vem os queimará - disse Iahweh dos Exércitos - de modo que não
lhes restará nem raiz nem ramo.” (Ml 3,19).
Em
todos os tempos o Senhor Nosso Deus sempre se preocupou em chamar a atenção de
todos os homens, dizendo que, tudo o que foi criado, um dia terá um fim e nada
do que existe nesta terra é eterno, com exceção do amor do Senhor.
Quem
é assíduo na leitura das Sagradas Escrituras e, em particular, dos Santos
Evangelhos, nota que o Senhor Jesus não perde oportunidade de chamar a atenção
de seus ouvintes e seguidores para o fim dos tempos.
Na
iminência desse fim último, Amós admoestava:
“Por isso, assim disse Iahweh, Deus dos Exércitos, o Senhor: “Em todas as
praças haverá lamentação e em todas as ruas dirão: “Ai! Ai!” (Am 5,16).
Em
uma alusão ao fim dos tempos, Jesus compara o templo de Jerusalém a tudo o mais
que existe, quando, certo dia, “Saindo do
Templo caminhava e os discípulos se
aproximaram dele para mostrar-lhe as construções do Templo. Ele disse-lhes:
“Estais vendo tudo isso? Em verdade vos digo: não ficará aqui pedra sobre pedra
que não seja demolida... Atenção para que ninguém vos engane. Pois muitos virão
em meu nome, dizendo: “O Cristo sou eu”, enganarão muitos. Haveis de ouvir
sobre guerras e rumores de guerra. Cuidado para não vos alarmardes. É preciso
que aconteça, mas ainda não é o fim. Pois se levantará nação contra nação, e
reino contra reino. E haverá fome e terremotos em todos os lugares. Tudo isso
será o princípio das dores.” (Mt 24,1-8).
Logicamente,
como nós nos atemorizamos com essas afirmativas, os discípulos que as ouviram
da própria boca do Mestre também ficaram aterrorizados porque, muitas vezes, a
verdade dói e mete medo. E Jesus continua nos seus anúncios do fim dos tempos: “Logo após as tribulações daqueles dias, o
sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do céu e os
poderes dos céus serão abalados. (Mt 24,29). Os profetas do Antigo
Testamento já haviam transmitido ao povo os oráculos de Iahweh a respeito
desses acontecimentos: “Acontecerá
naquele dia - oráculo de Iahweh - que eu farei o sol declinar em pleno meio-dia
e escurecerei a terra em um dia de luz.”
(Am 8,9); “Eis o dia de Iahweh, que
vem implacável, e com ele o furor ardente da ira, reduzindo a terra à desolação
e extirpando dela os pecadores. Com efeito, as estrelas do céu e Orion não
darão a sua luz. O sol se escurecerá ao nascer, e a lua não dará a sua
claridade.” (Is 13,9-10). “Erguei ao
céu os vossos olhos, olhai para a terra cá em baixo, porque os céus se desfarão
como a fumaça, e a terra se desgastará como uma veste; os seus habitantes
perecerão como mosquitos... (Is 51,6).
Jesus
é claro e preciso em suas declarações, não deixa margem à dúvidas e não antecipa
nem o dia e nem a hora desses tétricos acontecimentos: “Passarão o céu e a terra. Minhas palavras, porém, não passarão.
Daquele dia e da hora, ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas só
o Pai.” (Mt 24,35-36). “Haverá sinais
no sol, na lua e nas estrelas; e na terra, as nações estarão em angústia,
inquietas pelo bramido do mar e das ondas; os homens desfalecerão de medo, na
expectativa do que ameaçará o mundo habitado, pois os poderes dos céus serão
abalados. E então verão o Filho do Homem vindo numa nuvem com poder e glória.
Quando começarem a acontecer essas coisas, erguei-vos e levantai a cabeça, pois
está próxima a vossa libertação.” (Lc 21,25-28).
Pedro
Apóstolo, em seus escritos, afirma: “Há,
contudo, uma coisa, amados, que não deveis esquecer: é que para o Senhor um dia
é como mil anos e mil anos como um dia. O Senhor não tarda a cumprir a sua
promessa, como pensam alguns, entendendo que há demora; o que ele está é usando
de paciência convosco, porque não quer que ninguém se perca, mas que todos
venham a converter-se. O dia do Senhor chegará como um ladrão e então os céus
se desfarão com estrondo, os elementos, devorados pelas chamas, se dissolverão
e a terra, juntamente com as suas obras, será consumida.” (2Pd 3,8-10).
Para
esses momentos terríveis, que fatalmente acontecerão, Jesus nos exorta a não
descuidarmo-nos, a não nos acomodarmos, a orarmos sem cessar: “Levantai-vos e orai, para que não entreis
em tentação.” (Lc 22,46).
Jesus
nos exorta a praticarmos obras de caridade, a termos fé em suas palavras e a
estarmos sempre vigilantes: “Felizes os
servos que o senhor, à sua chegada,
encontrar vigilantes. Em verdade vos digo, ele se cingirá e os colocará à mesa
e, passando de um a outro, os servirá. E caso venha pela segunda ou pela
terceira vigília, felizes serão se assim os encontrar! Compreendei isto: se o
dono da casa soubesse em que hora viria o ladrão, não deixaria que sua
casa fosse arrombada. Vós também ficai
preparados, porque o Filho do Homem virá numa hora que não pensais.” (Lc
12,37-40).
Nesse dia
acontecerá tudo o que o Senhor Jesus prenunciara aos seus apóstolos e
discípulos sobre o fim dos tempos, o juízo final: “Quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os anjos com ele,
então se assentará no trono de sua glória. E serão reunidas em sua presença
todas as nações e ele separará os homens uns dos outros, como o pastor separa
as ovelhas dos cabritos, e porá as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua
esquerda. Então dirá o rei aos que estiverem em sua direita: “Vinde, benditos
de meu Pai, recebei por herança o Reino preparado para vós desde a fundação do
mundo. Pois tive fome e me deste de comer. Tive sede e me deste de beber. Era
forasteiro e me recolhestes. Estive nu e me vestistes, preso e viste ver-me.
Então os justos lhes responderão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e
te alimentamos, com sede e te demos de beber? Quando foi que te vimos
forasteiro e te recolhemos ou nu e te vestimos? Quando foi que te vimos doente
ou preso e fomos te ver?’ Ao que lhes responderá o rei: ‘Em verdade vos digo:
cada vez que o fizestes a um desses meus irmãos mais pequeninos, a mim o
fizestes.’ Em seguida dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Apartai-vos de
mim, malditos, para o fogo eterno preparado para o diabo e para os seus anjos.
Porque tive fome e não me destes de comer. Tive sede e não me destes de beber.
Fui forasteiro e não me recolhestes. Estive nu e não me vestistes, doente e
preso, e não me visitastes. Então, também eles responderão: ‘Senhor, quando é
que te vimos com fome ou com sede, forasteiro ou nu, doente ou preso e não te
servimos?’ E ele responderá com estas palavras: ‘Em verdade vos digo: todas as
vezes que deixastes de fazer a um desses pequeninos, foi a mim que o deixastes
de fazer.’ E irão estes para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a
vida eterna.” (Mt 25,31-46).
“Não vos admireis com isto: vem a hora em
que todos os que repousam nos sepulcros ouvirão a sua voz e sairão; os que
tiverem feito o bem, para uma ressurreição de vida; os que tiverem praticado o
mal, para uma ressurreição de julgamento.” (Jo 5,28-29).
Também,
a respeito disso, o Senhor Nosso Deus, através de seus profetas, já havia
chamado a atenção de seu povo: “Quanto a
vós, minhas ovelhas, assim diz o Senhor Iahweh: ‘Eis que vou julgar entre
ovelha e ovelha, entre carneiros e bodes.” (Ez 34,17); “E muitos dos que dormem no solo poeirento acordarão, uns para a
vida eterna e outros para o opróbrio, para o horror eterno. Os que são
esclarecidos resplandecerão, como o resplendor do firmamento; e os que ensinam
a muitos a justiça hão de ser como as estrelas, por toda a eternidade.” (Dn
12,2-3).
O profeta Jeremias
repete as palavras de Iahweh, dizendo: “Ai!
Porque este é o grande dia! Não há outro semelhante a ele! É tempo de angústia...
(Jr 30,7).
O
profeta Joel transmite o alarme de Iahweh: “Tocai
a trombeta em Sião. Dai alarme em minha montanha santa! Tremam todos os
habitantes da terra, porque está chegando o dia de Iahweh! Sim está próximo! Um
dia de trevas e de escuridão, um dia de nuvem e de obscuridade! (Jl 2,
1-2).
Apesar
de todas essas chamadas de atenção, os homens parecem não estarem preocupados
com a consumação desses acontecimentos e continuam vivendo como se fossem viver
eternamente neste mundo amparados pelos seus bens materiais, escorados em sua
soberba, vivendo no seu orgulho, na sua descrença e na indiferença total para
com as coisas de Deus e dos irmãos.
O profeta
Malaquias adverte que “todos os
arrogantes e todos aqueles que praticam a iniquidade serão como palha; o Dia
que vem os queimará de modo que não lhes restará nem raiz, nem ramo.” (Ml
3,19).
O
Divino Mestre adverte seus discípulos para vigiarem e não serem surpreendidos: “Como nos dias de Noé, será a vinda do
Filho do Homem. Com efeito, como naqueles dias que precederam o dilúvio,
estavam eles comendo e bebendo, casando-se e dando-se em casamento, até o dia
em que Noé entrou na arca, e não perceberam nada, até que veio o dilúvio e os levou a todos. Assim acontecerá na Vinda
do Filho do Homem. E estarão dois homens no campo: um será tomado e o outro
deixado. Estarão duas mulheres moendo no moinho: uma será tomada e a outra deixada.”
(Mt 24,37-42).
Apesar
das ameaças bíblicas, dessas chamadas de atenção, os homens continuam
arrogantes, malfeitores e nada vigilantes para a vinda do Filho do Homem, que
pode acontecer a qualquer momento e pegar a todos desprevenidos, despreparados
e preocupados com as coisas materiais e explorando uns aos outros.
Mas,
para todos esses anúncios do final dos tempos e essas palavras de ameaças, o
Senhor Nosso Deus adverte os seus eleitos e reserva para eles palavras de
conforto, de fé, esperança, de segurança, e os conclama à penitência: “Agora, portanto - oráculo de Iahweh - retornai
a mim de todo o vosso coração, com jejum, com lágrimas e com lamentação.” Rasgai
os vossos corações, e não as vossas roupas, retornai a Iahweh, vosso Deus, porque
ele é bondoso e misericordioso, lento na ira e cheio de amor, e se compadece da
desgraça. Quem sabe? Talvez ele volte atrás, se arrependa e deixe atrás de si
uma benção, oblação e libação para Iahweh, vosso Deus.” (Jl 2,12-14). “Se fizeres isso, a tua luz romperá como
aurora, a cura de tuas feridas se operará rapidamente, a tua justiça irá à tua
frente e a glória de Iahweh irá à tua retaguarda.
Então clamarás e Iahweh responderá, clamarás por socorro e ele dirá: “Eis-me
aqui!!!” (Is 59,8-9). “Procurai o bem
e não o mal para que possais viver, e, deste modo, Iahweh, Deus dos Exércitos
estará convosco, como vós o dizeis! Odiai o mal e amai o bem, estabelecei o
direito à porta; talvez Iahweh, Deus dos Exércitos, tenha compaixão...” (Am
5,14-15).
Para
os que ouvem e praticam as exortações de penitência transmitida pelos profetas,
o Senhor Nosso Deus conforta, dizendo:
“Mas para vós que temeis o meu nome, brilhará o sol da justiça, que tem a cura
em seus raios.” (Ml 3,20).
E
o Senhor Jesus, preocupado com o seu rebanho, orienta: “Vigiai, portanto, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor.
Compreendei isto: se o dono da casa soubesse em que vigília viria o ladrão,
vigiaria e não permitiria que sua casa fosse arrombada. Por isso, também vós,
ficai preparados, porque o Filho do Homem virá numa hora que não pensais.”
(Mt 24,42-44).
Nos
momentos que antecederam o seu sacrifício supremo, Jesus chama a atenção dos
apóstolos: “Vigiai e orai, para que não
entreis em tentação, pois o espírito está pronto mas a carne é fraca.” (Mt
26,41).
Finalizando, o Senhor Jesus nos
deixa essas palavras de conforto: “Nenhum
só cabelo de vossa cabeça se perderá. É pela perseverança que mantereis vossas
vidas.” (Lc 21,18-19).
Também são
comemorados neste dia: Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira da América Latina,
Bem-aventurado Bartolomeu Bompedoni, São Maxêncio, São Cury, São Vicelino,
Santa Bertoara de Burges (abadessa), São Corentino de Quimper (bispo), São
Digeniano de Albi (bispo), Santos Epícamo e Alexandre (mártires), São Finiano
de Clonard (bispo).
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