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DE DEZEMBRO
“QUEM ESTÁ COM MARIA, NÃO ESTÁ LONGE DE DEUS...”
“SALVE, CHEIA DE
GRAÇA, O SENHOR ESTÁ CONTIGO.” (Lc 1,28).
“No sexto mês, o Anjo
Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem
desposada com um varão chamado José, da casa de Davi; e o nome da Virgem era
Maria. Entrando onde ela estava, disse-lhe: “Alegra-te, cheia de graça, o
Senhor está contigo!” Ela ficou intrigada com essa palavra e pôs-se a pensar
qual seria o significado da saudação. O Anjo, porém, acrescentou: “Não temas,
Maria! Encontraste graça junto de Deus. Eis que conceberás no teu seio e darás
à luz um filho e tu o chamarás com o nome de Jesus. Ele será grande, será
chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai:
ele reinará na casa de Jacó para sempre e o seu reinado não terá fim”. Maria,
porém, disse ao Anjo: “Como é que vai ser isso, se eu não conheço homem algum?”
O Anjo lhe respondeu: “O Espírito Santo virá sobre ti e o poder do Altíssimo
vai te cobrir com a tua sombra; por isso o Santo que nascer será chamado Filho
de Deus. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice, e este é o
sexto mês para aquela que chamavam estéril. Para Deus, com efeito, nada é
impossível.” Disse, então, Maria: “Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim
segundo a tua palavra”. E o Anjo a deixou.” (Lucas, 1, 26-38).
Maria,
a predestinada a ser a mãe do Filho de Deus desde que o Redentor fora prometido
à humanidade contagiada pelo pecado, aceitou a sua missão à convite de Deus por
intermédio de seu anjo mensageiro, Gabriel. A
partir do seu “sim” ao Anjo, Maria iniciou a sua caminhada, juntamente com seu
Filho e Filho de Deus, rumo ao Calvário: em primeiro lugar a incompreensão do
povo por vê-la grávida sem haver se casado com José; em segundo lugar a
desconfiança de José por não compreender o que estava acontecendo com ela.
Após
o nascimento de Jesus, Maria e José tiveram de livrá-lo da fúria sanguinária do
rei Herodes que queria matá-lo para, futuramente, não disputar com ele seu
trono (conforme Mateus, 2, 13-18). Na fuga
para o Egito, Maria envolveu seu filho Jesus, o protegeu, o apertou contra seu
seio maternal e, nas trevas das madrugadas frias e dos dias encalorados do
deserto, durante longo período o levou para um lugar seguro e longe do perigo,
conservando a sua vida e cuidando para que nenhum mal lhe acontecesse. Assim, também, Maria faz com todos os
seguidores de seu filho que seguem seu conselho, quando ela diz: “Fazei tudo o que ele vos disser.”
(João, 2, 5); assim como Maria fez com o pequenino Jesus, levando-o
apressadamente para terras estrangeiras para fugir da sanha sanguinária do rei
Herodes, assim também Maria faz com quem a ela se entrega, protegendo-o do
perigo de qualquer natureza e a qualquer momento. Quando o pequeno Jesus, aos doze anos de idade, se perdeu de
seus pais na cidade de Jerusalém pelo período de três dias, Maria o procurou
angustiada e preocupada, não descansou e não desistiu de procurá-lo enquanto
não o encontrou (conforme Lucas, 2, 41-50); quando nos perdemos pelos caminhos
da vida, nos afastamos de Deus ficando longe dos olhos do Senhor e trilhamos
veredas tenebrosas, Maria não nos abandona, nos busca, e não descansa enquanto
não nos encontrar e, quando nos encontra, nos reconduz ao rebanho do Bom
Pastor.
Quando Jesus
estava sendo caluniado, açoitado, coroado de espinho, crucificado, Maria não o
abandonou um instante sequer, assim como faz hoje com todos os que trilham o
caminho ditado por Jesus; Maria nos acompanha e nos apoia quando não somos
compreendidos, mesmo quando todos estão contra nós, mesmo quando somos
caluniados por pessoas que julgávamos poder confiar, açoitados pela
incompreensão, pela indiferença, pela falta de apoio de todos aqueles que nos
cercam, coroados de espinhos pelos problemas que muitas vezes não temos forças
para resolver, crucificados pelos nossos patrões, companheiros de trabalho,
amigos em quem confiávamos, ainda que todos tenham feito isso conosco e não nos
entendam e nos caluniam por aquilo que julgamos certo, Maria permanece ao nosso
lado, assim como fez com seu filho Jesus quando o mundo inteiro esta contra
ele, não o abandonando em nenhum momento de sua vida; quer nos momentos alegres
ou nos momentos cruciais. Maria acompanhou Jesus na sua caminhada ao Calvário;
nada ela pode fazer, mas a sua presença foi permanente, a sua fortaleza
naqueles momentos terríveis foi o maior apoio que Jesus poderia ter recebido
para suportar tanta humilhação e ingratidão.
Assim
também acontece conosco; quando carregamos pesadas cruzes e nada podemos fazer
para evitá-las, Maria caminha ao nosso lado, e, só pelo fato de termos a
certeza de estar do nosso lado uma Mãe tão dócil e meiga, a cruz se nos torna
mais leve...
Maria
acompanhou Jesus nos últimos momentos de sua vida e o recebeu em seus braços
virginais após a sua morte. Maria também nos acompanha a todos os momentos de
nossa existência e não nos abandonará nos nossos últimos momentos de nossa
vida: ela estará na nossa cabeceira no momento derradeiro de nossa existência
assim como esteve na cabeceira de seu moribundo esposo, José, assim como esteve
no Calvário, aos pés da Cruz de seu amado filho, e é por isso que,
diuturnamente, rezamos: “Santa Maria, Mãe
de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte.”; no
momento derradeiro, quando deixarmos esse vale de lágrimas ela nos acolherá em
seus braços quando o mundo nada mais significa para nós, e nos levará até Jesus
que é o Bendito Fruto de seu ventre.
São Comemorados,
também, no dia de hoje: São Damásio I, São Sabino, São Benjamin de Jerusalém
(bispo), São Blatmaco da Escócia (abade), São Daniel, o Estilista (monge de
Samosata), Santo Eutíquio da Espanha (mártir), São Sabino, São Hugolino
Magalotti e São Pedro de Sena.
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