quarta-feira, 25 de novembro de 2015

AMOR, O NOVO MANDAMENTO



AMOR, O NOVO MANDAMENTO


“Dou-vos um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros, e, que assim como eu vos amei, vos ameis também uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros.” (Jo 13,34-35). 
E como o Senhor Jesus nos amou. Amou-nos até a morte, e morte de cruz. O amor é a maior força que existe no mundo. O amor supera barreiras sociais, raciais, religiosas. Para o amor não existem barreiras. 
O amor não mede sacrifícios e não foge dos sofrimentos. O amor supera mal-entendidos e perdoa as fraquezas do outro. Quem ama não abandona; ampara, permanece junto. 
O amor se manifesta em todas as coisas, em todos os lugares, e reside  no coração daqueles que tem boa vontade. O amor é, muitas vezes, sofrimento e, às vezes, sofrimentos que parecem insuportáveis, intransponíveis, mas, o sofrimento que o amor nos traz vem sempre acompanhado de um consolo: o consolo de sofrer por amor... 
O amor torna leve o que é pesado, torna claro o que é obscuro; alivia o que nos oprime. O amor torna agradável o que for insuportável. O amor transforma a dor em aceitação; a expectativa em alegria. O amor supera todas as dificuldades de nossa vida, ilumina nossos caminhos, perdoa defeitos, desculpa imperfeições, cura enfermidades e supera quaisquer obstáculos.
    O amor fornece forças sobre-humanas eliminando a fraqueza do homem. Somente o amor tem capacidade de elevar a pessoa à glória eterna. Somente o amor verdadeiro consegue vencer todas as dificuldades, todas as amarguras da existência humana.
Qualquer tipo de relacionamento, para haver harmonia e felicidade, é necessário que seja alicerçado no verdadeiro amor; amor doação, amor compreensão, amor perdão. A pessoa amada é a expressão de Deus na pessoa que ama, pois, em cada criatura habita a divindade; cada um de nós é o templo do Espírito Santo, o templo do amor verdadeiro de Deus: “Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1Cor 3,16). 
Quando amamos alguém verdadeiramente, estamos dando à pessoa amada um pedaço de Deus, pois que, o amor que sentimos pelo outro não é senão uma partícula de Deus que está dentro de nós e a repartimos com a pessoa amada.   
Quem ama de verdade tem Deus dentro de si e distribui esse Deus maravilhoso de amor a todos os que o cerca, a todos os que são verdadeiramente amados. Quem ama e semeia amor pelos caminhos por onde passa, verá flores onde outros somente vêem espinhos; verá luzes de esperança onde outros somente descobrem  trevas e desespero. 
É o verdadeiro amor que torna suportável o peso das dores; que faz sentir suave o pão ganho com sacrifício no dia-a-dia; que traz alegria sem contas no árduo, repetido e rotineiro trabalho doméstico ou serviço profissional. 
É o verdadeiro amor que faz com que um homem e uma mulher se entreguem de corpo e alma para, juntos, viverem uma vida a dois, não importando as barreiras, as dificuldades, os contratempos, os sofrimentos, porque, o amor compartilhado transforma tudo em paz, em alegria, em realização, em doação, em perdão, enfim, em felicidade. 
É o amor que desenha um cândido sorriso nos lábios de uma mulher quando ela olha para o amado: é o amor que faz com que o amado levante a mão somente para acariciar, para tocar, para sentir ali, bem perto, a presença e o corpo quente da amada. 
Assim João Evangelista define o amor; “Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor  vem de Deus. Todo o que ama nasceu de Deus e conhece a Deus. Quem não ama, não conhece a Deus, porque DEUS É AMOR” (1Jo 4,7-8). Deus é amor; o amor é Deus, e quem ama tem Deus dentro de si e transmite Deus para os outros. “E nós temos reconhecido o amor de Deus por nós, e nele acreditamos, DEUS É AMOR: aquele que permanece no amor permanece em Deus e Deus permanece nele.”(1Jo 4, 16). 
Paulo Apóstolo, inebriado pelo Espírito Santo, assim define o amor que vem de Deus: “Ainda que eu falasse línguas, as dos homens e as dos anjos, se não tivesse o amor, seria como um bronze que soa ou como um címbalo que tine. Ainda que eu tivesse o dom da profecia, o conhecimento de todos os mistérios e de toda a ciência, ainda que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tivesse o amor, eu nada seria. “O amor é paciente, o amor é prestativo, não é invejoso, não se ostenta, não se incha de orgulho. O amor nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade. O amor tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais passará.” (1Cor 13,1-8). 
Que magnífico poema Paulo Apóstolo fez sobre o amor. O amor verdadeiro é paciente; se amamos, temos de ser pacientes. O amor verdadeiro é prestativo; se não pudemos ajudar, pelo menos ofereçamos o ombro para que o outro possa se apoiar e, se preciso for, chorar a mesma lágrima que o outro. O amor verdadeiro não tem inveja, não pode ter inveja; tem de ser puro e limpo, e não se fazer de importante. O amor verdadeiro não é orgulhoso, não pode ser orgulhoso, não faz pouco caso do outro, não age com baixeza e não é interesseiro. O amor verdadeiro não se irrita, não é agressivo, não guarda rancor, não alimenta mágoas. O amor verdadeiro se alegra com a verdade, e, quando amamos de verdade estamos vivendo a verdade, estamos inseridos na vida de Deus, pois que Deus é o Amor por excelência.
Levaremos para a eternidade somente o amor; o amor é eterno como eterno é o nosso Deus, porque ‘DEUS É AMOR’.
Por isso, amemos, amemos com amor verdadeiro; sejamos prestativos, pacientes, sem inveja; não nos façamos de importante; não sejamos orgulhosos; não procedamos com baixeza; não sejamos interesseiros; não nos irritemos; não guardemos mágoa de ninguém, porque o amor tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta, e assim, o amor jamais se acabará e viverá por toda a eternidade...

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