sábado, 21 de novembro de 2015

FALSA DEVOÇÃO À VIRGEM MARIA



FALSA DEVOÇÃO À VIRGEM MARIA
APRESENTAÇÃO DE NOSSA SENHORA NO TEMPLO


Para aprendermos mais e melhor sobre a vida e o amor de Maria, há a necessidade de lermos, com muita frequência, os Santos Evangelhos e ouvirmos os conselhos dos grandes santos que em suas vidas não fizeram outra coisa senão amar e honrar a Mãe de Deus e nossa Mãe. 
E um desses grandes santos é São Luiz Maria Grignon de Montfort, que, no seu livro denominado Tratado da verdadeira Devoção À Santíssima Virgem, do qual pegamos trechos das páginas de 98 a 101, chama-nos a atenção sobre as falsas devoções direcionadas a Nossa Senhora, que sempre esteve em voga na vida da nossa Igreja e, principalmente nos nossos dias. 
E, nesse livro, nos diz São Luiz Maria Grignon de Montfort, grande devoto de Maria: “Existem devotos de Maria que são presunçosos, e são pecadores entregues às suas paixões, ou amantes do mundo, que sob o belo nome de cristãos e de devotos de Nossa Senhora escondem ou o orgulho, ou a ira, ou a avareza, ou a impureza, ou a embriagues, ou o costume de praguejar, ou a maledicência, ou a injustiça – cristãos que se dizem devotos de Maria que dormem em paz no meio de seus maus hábitos, sem fazerem grande violência para corrigir-se, sob o pretexto de que são devotos da Santíssima Virgem Maria – cristãos devotos de Mariaque se embalam com a esperança de que Deus os perdoará – que não morrerão sem confissão, e não serão condenados porque rezam o terço, jejuam com frequência, porque pertencem à Congregação Mariana, à Confraria do Rosário ou do Escapulário, ou de outras de suas Congregações – porque trazem o pequeno hábito ou a pequena cadeia da Santíssima Virgem. Quando se diz - a esses cristãos que essa devoção à Maria - é uma ilusão do demônio, é uma presunção perniciosa, capaz de perdê-los, eles não acreditam – dizem que Deus é bom e misericordioso – que Deus não nos criou para condenar-nos – que não há homem que não peque – que não morrerão sem confissão – que basta rezar um “eu pecador me confesso...” na hora da morte – que são devotos da Santíssima Virgem, que trazem o escapulário, que rezam todos os dias sem falta Pai Nossos e Ave Marias – que até rezam, às vezes, o terço e o Ofício de Nossa Senhora, que jejuam, etc... Nada é tão pernicioso no cristianismo como essa presunção diabólica, porque, como se pode dizer com verdade que se ama e honra a Santíssima Virgem, quando, com seus pecados, se dilacera, crucifica e ultraja impiedosamente a Jesus Cristo, seu Filho?
Se Maria Santíssima tivesse determinado salvar por sua misericórdia essa espécie de criaturas, autorizaria o crime, ajudaria a crucificar, a ultrajar seu Divino Filho. Quem ousaria pensar nisso?      Abusar assim da Devoção à Santíssima Virgem, que depois da devoção a Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento é a mais santa, a mais sólida, é cometer um horrível sacrilégio, o maior e o menos perdoável depois da comunhão indigna. Para ser verdadeiramente devoto a Nossa Senhora não é necessário ser-se tão santo que se evite todo o pecado, se bem que esse seria o ideal, mas é preciso, pelo menos - primeiro – ter uma resolução sincera de evitar pelo menos todo pecado mortal, que ultraja tanto a Mãe como o Filho  - segundo – fazer-se violência para evitar o pecado  e, terceirofazer parte de uma Congregação Mariana ou outra confraria que honre a Maria, rezar o terço, o rosário ou outras orações. Tudo isso é maravilhosamente útil à conversão de um pecador mesmo endurecido – e se é esse o nosso caso, mesmo que estejamos com um pé no abismo, é aconselhável que se faça, mas com a condição que pratiquemos essas boas obras com a intenção unicamente de obter de Deus, por intercessão da Virgem Santíssima, a graça da contrição e do perdão dos nossos pecados e a força de vencer nossos maus hábitos – e não para conservarmo-nos tranquilamente em estado de pecado, apesar dos remorsos de consciência, do exemplo de Jesus Cristo e dos santos e das mensagens do Evangelho.” (do livro “Tratado da Verdadeira devoção à Santíssima Virgem”, de São Luiz Maria Grignon de Montfort, pg. de 98 a 101)

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