quarta-feira, 11 de novembro de 2015


“ESTE É O MEU MANDAMENTO...”  (Jo 14,32).


O Senhor Nosso Deus nos ama e quer que o amemos através dos nossos irmãos.

O Senhor Nosso Deus nos perdoa com a condição de perdoarmos os nossos irmãos; a mesma medida que ele usa para nos perdoar é a medida com que perdoamos a quem nos tem ofendido. E foi Jesus quem nos deu a maior lição de como se deve perdoar. 
Jesus que, apenas e somente por amor não hesitou em dar a sua vida para a redenção dos homens, no momento em que pressentiu  que tudo estava acabado e que sua vida chegava ao fim grita do alto da cruz: “Está consumado!” (Jo 19,30), e consciente que nada mais lhe restava fazer, quando nada mais tinha para dar aos homens, depois de haver dado até a última gota de seu sangue, quando as lágrimas já haviam se esgotado em seus olhos, quando a sua voz já não tinha mais som, quando sua vida estava se apagando como uma chama tênue de vela e irremediavelmente ele sentia o fim  chegar, teve forças, ainda, para levantar seus olhos aos céus e fazer uma última súplica de amor ao Pai: “Pai, perdoa-lhes: não sabem o que fazem.” (Lc 23,34), e, finalmente, dando um grande grito, diz: “Pai, em tuas mãos  entrego o meu espírito.” (Lc 23,46). 
Não é possível que, depois de uma lição dessa, o homem ainda não tenha aprendido amar, perdoar.
     Não é possível que, depois de tanto amor demonstrado pelo Senhor Nosso Deus a todos nós, ainda precisamos ouvir aquela frase ameaçadora de Jesus: Aquele, porém, que me renegar diante dos homens, também eu o renegarei diante de meu Pai que está nos céus.” (Mt 10,33).
Mas, para uma frase ameaçadora, Jesus, com todo o seu amor, nos deixa uma frase acalentadora e cheia de esperança, que se resume numa promessa: “Todo aquele, portanto, que se declarar por mim diante dos homens, também eu me declararei por ele diante de meu Pai que está nos Céus.” (Mt 10,32). 
O Senhor Nosso Deus nos amou e nos ama tanto que se permitiu chegar ao extremo que seu Filho Único morresse em uma cruz para nos abrir as portas do céu que havia sido fechadas pelo pecado e, em troca disso, só nos pede “amor”. 
O Senhor se auto-proclama um “Deus ciumento”  (Dt 5,9), mas não é um Deus egoísta e, por isso, ele nos pede que, depois de amá-lo com toda a nossa alma, com todas as nossas forças, com todo o nosso entendimento, amemos também o nosso irmão, o nosso próximo; amemo-nos uns aos outros e por isso ele nos deixa esses dois mandamentos de suma importância: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Esse é o maior e o primeiro mandamento. O Segundo é semelhante a esse: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” (Mt 22,36-39), e nos dá um mandamento novo para nos ensinar como devemos nos amar uns aos outros: “Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros. Como eu vos amei, amai-vos também uns aos outros. Nisso reconhecerão todos  que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros.” (Jo 13,34-35), e, “Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos. Vós sois meus amigos, se praticais  o que vos mando.” (Jo 15,12-14). 
O Senhor nos ama; ama-nos tão intensamente  como somente um Deus sabe amar: “Pois Deus amou tanto o mundo, que entregou seu Filho Único, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus não enviou o seu Filho ao mundo para julgar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem nele crê não é julgado; quem não crê, já está julgado, porque não creu no Nome do Filho Único de Deus.” (Jo 3,16-18). 
Um Rei Divino que entrega seu Filho Único extremamente amado à morte para salvar a vida  dos escravos que o ofenderam. Isso é amor! O Senhor Nosso Deus entrega seu Filho à morte “... para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3,16), para que, todo o que nele crê saia das trevas e do pecado: “O Filho de Deus se tornou homem para que todos os homens se tornassem filhos de Deus.” (Santo Agostinho). “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos.” (Jo 15,13). “Quem não poupou o seu próprio Filho e o entregou por todos nós, como não nos haverá de agraciar em tudo junto com ele?” (Rm 8,32). “Olhai as aves do céu: não semeiam , nem colhem, nem ajuntam em celeiros. E, no entanto, vosso Pai Celeste as alimenta. Ora, não valeis vós mais do que elas?” (Mt 6,26). “Considerai como crescem os lírios do campo: não trabalham nem fiam. Digo-vos, todavia, que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como um deles. Se pois Deus veste assim uma erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé!” (Mt 6,28-30).

Nenhum comentário:

Postar um comentário